Setembro Amarelo é o nome de uma campanha que visa conscientizar sobre a prevenção do suicídio. A iniciativa surgiu, principalmente, por meio do Centro de Valorização da Vida (CVV), o qual, em parceria com outras instituições do país, lança campanhas para estimula a divulgação da causa.
Além de caminhadas, palestras, balões amarelos e pontos turísticos iluminados, a campanha distribui folhetos de conscientização e realiza atendimentos em locais públicos.
Casos de suicídio no Brasil
Mas, afinal, por que tocar em um assunto tão polêmico e complexo? Justamente porque a informação e o diálogo são as melhores formas de reduzir os índices alarmantes de pessoas que tiram a própria vida. Para se ter uma ideia, de acordo com o Ministério da Saúde, em torno de 30 pessoas cometem suicídio por dia somente no Brasil – e os casos têm aumentado ao longo dos anos.
Além disso, no Brasil, o suicídio é a quarta causa mais comum de morte de jovens, sendo que pesquisas indicam que o diálogo poderia evitar em torno de 90% dos casos – aproximadamente 60% das pessoas que morrem por suicídio não buscam ajuda.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 11.433 mortes por suicídio só 2016, tendo como média 1 caso a cada 46 minutos. Os dados indicam que grande parte das mortes acontece entre os indígenas, já que a cada 100 mil, 15,2 tiram a própria vida. Daí a importância de campanhas como o Setembro Amarelo.
A história por trás do Setembro Amarelo
O casal Dale Emme e Darlene Emme foi quem deu o pontapé inicial do projeto chamado de fita amarela (ou, em inglês, yellow ribbon), o qual deu origem a campanha que conhecemos como Setembro Amarelo. Em 1994, Mike Emme, filho do casal, com apenas 17 anos de idade, cometeu suicídio quando dirigia seu carro: um Mustang de cor amarela.
Com isso, seus amigos e familiares distribuíram no velório cartões com fitas amarelas que continham mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando problemas. E a mensagem foi se espelhando mundo afora. Daí, a fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aqueles que têm pensamentos suicidas a buscar ajuda. Anos depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulou que o dia 10 de setembro seria o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, e o amarelo foi a cor escolhida para representar essa causa.
Busque ajuda
Para ser possível evitar o suicídio, o diálogo é o primeiro passo. Por isso, conversar sobre o assunto, expor os sentimentos a pessoas de confiança e encontrar grupos ou profissionais que tenham ferramentas para lidar com os problemas é essencial na luta contra o suicídio. Um desses grupos é o CVV, que é reconhecido como Utilidade Pública Federal desde a década de 1970. Para conseguir falar com um dos integrantes, basta ligar para 188, acessar o site (www.cvv.org.br) ou ir até o endereço de um dos postos do CVV (o site disponibiliza os locais que existem em todo o país).
LEIA TAMBÉM:
- Prevenção ao suicídio: saiba o que você pode fazer para evitar
- 5 dicas para pais e professores ajudarem na saúde mental dos estudantes
- Bullying na escola: saiba como detectar e o que fazer para ajudar!
- Setembro amarelo: saiba como identificar e prevenir o suicídio