O que é estrabismo? Popularmente conhecido como “olho torto”, atinge crianças e adultos de todas as idades, podendo ser desenvolvido ao longo da vida ou por problemas genéticos. É caracterizado por uma alteração que não deixa os olhos ficarem paralelos. Acontece porque os nervos, ligados ao sistema nervoso central, não trambalham em conjunto. O indivíduo não consegue focar no mesmo ponto e, por isso, os olhos ficam desalinhados.
A doença não deve ser encarada apenas como uma questão estética. “O problema é muito maior que um ‘olho torto’ ou o desconforto ao usar o tampão durante o tratamento. Além de levar a outras doenças, como ambliopia, ainda pode causar à perda irreversível da visão no olho estrábico”, explica o médico oftalmologista Dr. José Ernesto Ghedin Servidei, consultor da Óticas Diniz.
Geralmente causada pela acuidade visual, quando um olho enxerga melhor do que o outro, o estrabismo pode apresentar alguns sintomas. “Em alguns casos, aparece por causa da pré-disposição genética logo no nascimento, mas pode ser adquirida ao longo da vida. Por isso, é necessário prestar atenção aos sintomas desde cedo. Emparelhamento, embaçamento e visão dupla são alguns deles. Entortar a cabeça para enxergar melhor, fechar os olhos durante a claridade e piscar constantemente também indicam que algo não está bem”, afirma o especialista.
Quando diagnosticado, a causa da doença começa a ser tratada. Podendo ser realizada por meio de colírios ou com exercícios para o fortalecimento ocular. Também pode ser corrigida com o uso de óculos e tampões para que o olho se esforce para corrigir o grau. “Embora muito utilizado no tratamento do estrabismo, essa última alternativa pode não colocar o olho de volta no lugar certo, mas ajuda a devolver a visão do olho estrábico. Neste caso, por questões estéticas, é possível fazer cirurgia para corrigir o desalinhamento”, detalha o oftalmologista.
O estrabismo não tem cura espontânea e a cirurgia só é recomendada quando o desvio não foi corrigido com as tentativas de tratamento. “Por isso é ideal que o paciente procure o oftalmologista a partir do momento que perceber alguns dos sintomas. Além disso, é importante se consultar com um médico oftalmologista pelo menos uma vez por ano”, finaliza José Ernesto.
Texto: Michele Custódio/Colaboradora | Consultoria: Dr. José Ernesto Ghedin Servidei, oftalmologista e consultor da Óticas Diniz
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