“Um diagnóstico de câncer sempre traz consequências emocionais aos pacientes e às suas famílias, pois trazem à tona questões como o risco de morte”, lembra o oncologista Fábio Piccoli, do Instituto Hemomed.
As taxas de cura da Leucemia no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), são ainda muito baixas se comparadas a outros países. Os registros de 2016 mostram que a média de sobrevivência está em 70%, enquanto países mais desenvolvidos se mantém em aproximadamente 90% para leucemias em crianças e adolescentes.
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O câncer em crianças
É importante que as crianças mantenham, sempre que possível, uma vida social próxima do habitual. “É mais fácil lidar com questões como queda de cabelo, inchaço, hematomas, que são consequências estéticas temporárias do tratamento, do que com o isolamento e com a fragilidade dos pais”, diz Fábio.
Como trata-se de uma doença grave, cujo tratamento é longo, com uma eficácia variável, diversos efeitos colaterais e o risco de morte está constantemente presente, acaba gerando um ambiente familiar de constante atenção, limitações e cuidados muitas vezes excessivos, trazendo certas consequências para os pacientes. “E isto tende a se agravar”, enfatiza Fábio, “pelo fato de que, durante boa parte do tratamento, as crianças acabam ficando afastadas de outras crianças e passam a ficar em casa em meio a toda esta apreensão”.
Leucemia aguda
As leucemias mais frequentes em crianças são as leucemias agudas, caracterizadas por um desenvolvimento súbito e com rápida evolução, diferentemente das leucemias crônicas, mais comuns nos adultos e de evolução insidiosa.
“Dentre as leucemias agudas na infância, as leucemias linfóides são as mais frequentes e tendem a ter uma evolução mais favorável, com melhor resposta terapêutica, quando comparadas às leucemias mielóides”, explica o oncologista.
Sintomas: podem ser confundidos com doenças da infância
Os sintomas mais comuns da leucemia são devido à proliferação descontrolada de células sanguíneas anormais e disfuncionais na medula óssea e também a disseminação e infiltração destas células nos diferentes órgãos e tecidos. São sinais pouco específicos e comuns a uma série de patologias frequentes na infância, o que pode, muitas vezes, retardar o diagnóstico. São eles:
- anemia por produção inadequada de hemoglobina, levando a sintomas como palidez, cansaço, taquicardia e dores de cabeça;
- sangramentos e/ou hematomas/petéquias por produção inadequada de plaquetas;
- aumento de gânglios linfáticos, do baço e do fígado;
- dor óssea, sobretudo em ossos longos;
- infecções;
- febre baixa;
- hipertrofia de gengiva;
- prurido e lesões de pele (menos frequentemente).
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Tratamento: transplante de medula nem sempre é necessário
Segundo Fábio, o transplante de medula óssea não é necessário em todos os casos de leucemia. Ele é indicado quando a doença não responde aos tratamentos convencionais. “O que normalmente se observa é que as neoplasias infantis costumam responder melhor ao tratamento, uma vez que as células neoplásicas costumam ser mais sensíveis à quimio e à radioterapia quando comparadas aos adultos”.
O tratamento das leucemias consiste em quimioterapia, através de esquemas envolvendo diferentes drogas e dosagens. A duração do tratamento depende muito do diagnóstico e de características especificas de cada caso. A radioterapia também pode fazer parte do tratamento quando se faz necessário um controle em locais como o sistema nervoso central e testículos.
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Make-A-Wish
Ao redor do mundo, milhares de crianças deixam de acreditar na beleza da vida quando ficam doentes. Quando isso acontece devido a uma doença que pode tirar a vida, então, lidamos com pessoas muito mais fragilizadas e sem esperança.
Foi em uma tentativa de mudar essa situação que nasceu a Make-A-Wish, uma instituição responsável por realizar os desejos de crianças que sofrem com alguma doença que coloque suas vidas em risco. Toda a inspiração e força do projeto nasceram da história de Chris Greicius, um menino de 7 anos vítima de Leucemia.
Durante toda a sua vida, Chris sonhou em ser um oficial de polícia.
Em 29 de Abril de 1980, enquanto estava passando por um tratamento, o pequeno menino foi levado por um oficial da alfândega e amigo da família para dar uma volta pela cidade do Arizona no helicóptero da polícia.
O tour terminou em um quartel general da cidade, onde Chris foi recebido pela tropa do Departamento de Segurança Pública e se tornou o primeiro patrulheiro honorário da história, recebendo inclusive uma farda oficial.
No dia 2 de Maio, porém, Chris retornou ao hospital, vindo a falecer no dia seguinte, mas não antes de realizar seu grande sonho.
Assim como Chris Greicius, milhares de crianças tiveram seus desejos atendidos ao redor do mundo.
Entenda como funciona a instituição:
Consultoria: Dr. Fábio Piccoli – Oncologista do Instituto Hemomed. Tel: (11) 3660-5988.
