No dia 1º de agosto, comemora-se o Dia Mundial da Amamentação, ato que é fundamental para o desenvolvimento do bebê. Além de fornecer nutrientes essenciais para o fortalecimento do sistema imunológico da criança no seu primeiro ano de vida, o ato de amamentar também ajuda a mãe a criar um vínculo com o seu bebê. Entretanto, no começo o processo pode não ser tão fácil. “Mesmo com a orientação dos médicos e enfermeiros após o parto, algumas mulheres têm problemas para amamentar nas primeiras semanas. A principal dificuldade costuma ser o que chamamos de ‘pega’ do peito, que é o encaixe adequado da boca do bebê ao mamilo da mãe”, afirma Jurandir Passos, ginecologista e obstetra do Lavoisier Medicina Diagnóstica. O especialista fala sobre os principais problemas que atrapalham a amamentação.

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O leite está fraco?
As primeiras mamadas costumam provocar muita insegurança, já que, além de nem sempre serem confortáveis para a mãe, elas também não produzem muito leite, dando a impressão de que o bebê não está se alimentando adequadamente. Antes mesmo do bebê nascer, algumas mulheres começam a produzir um líquido mais espesso, de cor amarelada, que continua a sair até a primeira semana de vida do bebê. “É o colostro, que embora pareça não ser tão consistente, é importantíssimo para a saúde do recém-nascido, por ser rico em anticorpos e vitaminas que ajudam no seu desenvolvimento intestinal”, reforça o médico.
Inflamação das mamas
A mastite é uma inflamação da mama que provoca muito desconforto e sintomas como dores, vermelhidão, inchaço e, em alguns casos, até a formação de abscessos mamários. Ela acontece devido ao entupimento dos canais por onde o leite passa e se não tratada adequadamente pode impedir a amamentação. Normalmente, o tratamento consiste em descanso da mama afetada e seu esvaziamento com bomba. Em alguns casos, o médico pode indicar antibióticos e anti-inflamatórios, para aliviar os sintomas.
O bebê não quer “pegar” o peito

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Outro problema comum é a rejeição da criança ao peito. Isso pode acontecer por vários motivos, desde uma pega errada até dores de ouvido, resfriados, ou outros problemas que causem desconforto no bebê. “Quando isso acontece, a mãe deve procurar um especialista que vai ajudá-la a ver o que está causando o problema. O indicado é não dar complementação com mamadeira ou outro tipo de leite, pois isso pode prejudicar ainda mais a amamentação posteriormente”, alerta o especialista.
Tipos de mamilo
Poucas mulheres sabem, mas há tipos diferentes de mamilos, que podem ou não impactar na amamentação. Eles podem ser protrusos, planos ou invertidos, sendo o primeiro o mais fácil de adaptar a amamentação. “Mas isso não significa que aquelas mulheres que possuem o plano ou invertido não irão amamentar, apenas que precisam conhecer técnicas e formas para melhorar o processo da pega”, conclui o ginecologista.
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