Geralmente ele ocorre em idosos, mas existe uma parcela de jovens que já sofreram infarto. A seguir, confira 4 questões sobre a doença em quem tem menos de 30 anos.
1. Infarto é mais grave em jovens?
A crença popular é de que o infarto na juventude mata mais do que na terceira idade. “Idoso morre mais fácil, jovem resiste. É a tendência natural da vida”, desmistifica o cardiologista Roberto Giraldez. Portanto, quanto mais velho, mais grave costuma ser um infarto. A mortalidade é menor porque, em geral, o coração jovem é mais saudável e ainda não sofre de comorbidades que afetam os mais velhos, como a diabetes e a hipertensão. O índice de mortalidade entre os jovens não chega a 1% – contra 10%, em média, no público acima de 50 anos. Mas é preciso levar em conta que em 50% dos casos as pessoas morrem antes de chegar ao hospital.
2. Deixa sequelas?
A má notícia é que o infarto deixa uma “cicatriz” no coração. O jovem fica com sequelas para o resto da vida, como redução da função ventricular, o que diminui a contratividade e o coração bate mais fraco. Quando ocorre em uma idade precoce, implica na convivência com as consequências e limitações de um coração infartado, sem falar no risco de recorrência do mal, por um longo período da vida, na fase produtiva e que mais exige da pessoa.
3. Os medicamentos são iguais?
É muito parecido com o dos mais velhos, só que com menos restrições. “As medicações costumam causar mais efeitos colaterais na terceira idade do que no jovem. Por exemplo, se dou um anticoagulante, o jovem raramente sangra ou tem complicações, ao contrário do idoso”, revela Giraldez. A grande diferença é um pouco mais de liberdade para escolher os medicamentos, sem tanta preocupação.
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4. Como prevenir?
Adotar hábitos de vida saudável são a melhor prevenção. Sempre procure ajuda médica e realize um check-up anualmente.
Consultoria Roberto Giraldez, cardiologista