Exames do coração devem ser feitos periodicamente e, principalmente nos casos de problemas cardíacos na família, a prevenção deve começar cedo. Quem tem diabetes, homens a partir de 40 anos e mulheres com 50 anos, também estão entre os grupos que devem se consultar, no mínimo, anualmente – o intervalo pode variar de acordo com as especificações de cada caso. A seguir, saiba quais são os principais exames para detectar (ou não) alguma disfunção no órgão.
Eletrocardiograma (ECG)
É um dos mais antigos e simples. Em geral, é o primeiro exame pedido quando há suspeita de doença cardíaca. Através de eletrodos colocados no peito, é feito um gráfico da atividade do músculo cardíaco. Caso haja qualquer anormalidade no ritmo, costuma-se pedir outros exames.
Cintilografia
É um procedimento da medicina nuclear no qual é injetado no paciente uma substância radioativa chamada Sestamibi-Tc 99m. Logo depois, a pessoa é colocada em uma câmara onde são captadas imagens do fluxo sanguíneo através de raios gama. É bastante preciso e indicado tanto para prevenção como avaliação dos resultados de angioplastia, cirurgia de ponte de safena ou tratamento mendicamentoso. Apesar da semelhança, não se trata de exame de contraste e a exposição à radiação é bem pequena.
Radiografia torácica
Revela a forma e o tamanho do coração e mostra também os vasos sanguíneos em toda a região peitoral, permitindo observar possíveis obstruções e eventuais depósitos de cálcio nas válvulas cardíacas.
ECG de esforço
É uma associação do ECG normal com uma esteira ou bicicleta ergométrica. É muito solicitado quando o paciente sente dores no peito (angina) e o ECG normal não acusa anormalidade.
Tomografia computadorizada
São feitas imagens detalhadas e em camadas do coração. Para tanto, aplica-se uma injeção de contraste e o paciente é colocado em uma câmara onde são captadas as imagens. É um dos mais caros, porém bastante preciso.
Ecocardiograma
Por meio de um aparelho de ultrassom, é possível avaliar as estruturas externas e internas do coração. Na modalidade Doppler, consegue-se estudar as artérias e veias do sistema coronariano, e todo o fluxo sanguíneo.
Holter
É um aparelho composto de um eletrodo que é fixado no peito do paciente e ligado a um monitor preso à cintura do mesmo. Permite fazer um monitoramento dos batimentos cardíacos por 24 horas seguidas e registrar o comportamento do coração durante as atividades normais do dia a dia.
Monitoração da pressão arterial
O princípio é o mesmo do Holter, mas nesse caso o aparelho mede a pressão em intervalos predeterminados durante o dia todo. Pode ser feita em ambulatório e até em casa.
Ressonância magnética
É um exame que fornece imagens em alta resolução e, atualmente, também em 3D do coração. É como “ver” o órgão, mas sem a necessidade de abrir o peito do paciente. É muito útil no diagnóstico de anomalias na estrutura do miocárdio e inclusive na detecção de tumores e problemas congênitos.
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Cateterismo
É introduzido um cateter (uma espécie de tubo bem fininho) em uma artéria que leva até a região do coração. Através da aplicação de uma injeção de contraste e raios-X são captadas imagens das artérias, revelando possíveis obstruções.
Texto David Cintra | Fontes Instituto do Coração de São José do Rio Preto; Sociedade Brasileira de Cardiologia