O risco de complicações cardiovasculares, como o infarto, no inverno chega a aumentar em 30%, segundo pesquisa publicada no British Medical Journal. Em relação aos pacientes idosos, esse número pode chegar a 44%. Isso porque, nos dias mais frios, a temperatura do corpo cai, provocando uma vasoconstrição, que é a diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos.
Consequentemente, há o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, sobrecarregando o coração e elevando o risco de infartos, especialmente se a pessoa é hipertensa ou já sofreu com problemas cardiovasculares. Para amenizar o risco, o recomendado é usar roupas confortáveis e quentes, fugir do sedentarismo e manter uma boa alimentação, além de realizar os exames preventivos recomendados pelo médico.
Afinal, o que é o infarto?
Ele é umas das doenças que mais preocupam médicos e pacientes. E não é para menos: se o paciente com infarto não for socorrido a tempo, os danos podem se tornar fatais. Acontece da seguinte maneira: o coração bombeia o sangue naturalmente, processo que leva consigo nutrientes e oxigênio por todo o corpo (como ressaltado na matéria anterior).
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Entretanto, esse processo natural pode ser interrompido quando o caminho se encontra bloqueado. As artérias coronárias, ou seja, aquelas que levam o oxigênio para o bom funcionamento do coração, podem ser obstruídas por um coágulo sanguíneo, que vem acompanhado de um ateroma, que nada mais é do que uma placa de gordura, que sofre uma espécia de ruptura. Com isso, inicia-se uma corrida contra o tempo: quanto maior o período demorado para o socorro, maiores são as chances de que essa região do coração sofra danos permanentes.
“O infarto é causado por fatores que levam à morte das células do coração. Dessa forma, qualquer agressão a esse órgão pode causar o problema. A principal causa de infarto é a oclusão de uma artéria do coração, causando a falta de nutrientes e de oxigênio à célula cardíaca e, assim, resultando no infarto. Alguns dos fatores que levam a esse fechamento das artérias são a pressão alta, o excesso de colesterol no sangue, a predisposição genética, o estresse, o diabetes e o tabagismo. A prevenção do infarto deve ser feita a partir de hábitos de vida saudáveis, evitando-se o sedentarismo, tendo uma alimentação balanceada e tratando as outras doenças, nunca se esquecendo de que o cigarro deve ser eliminado”, completa o cardiologista Luis Augusto Dallan.
Texto: Marisa Sei/Colaboradora e Paula Santana
Consultoria: Luis Augusto Dallan, cardiologista