Ansiedade não é só coisa de adultos. Quando expostas a situações de pressão, como mudança de cidade ou escola e proximidade de provas, a ansiedade em crianças pode se mostrar uma reação comum devido ao surgimento de questões naturais relacionadas às novidades.
Os sintomas da ansiedade infantil podem variar, sendo os mais comuns: medos sem razão aparente, irritabilidade, dificuldades de desempenho na escola, má alimentação, choro sem causa específica e agressividade ou sintomas orgânicos, como insônia, diarreia, roer unhas e dores abdominais. Por isso, é importante ficar atento aos primeiros sinais para não precisar recorrer ao uso de remédios depois.
“É comum para as crianças evitarem falar sobre como se sentem, porque elas ficam preocupadas que os outros (especialmente seus pais) podem não compreendê-las. Elas podem ter medo de serem julgadas ou consideradas fracas, ‘infantis’ ou com medo”, explica a psicanalista Cristiane Maluf Martin.
O que fazer?
Recorrer ao uso de remédios não é a primeira opção para lidar com a ansiedade infantil. Uma saída pode ser a prática de esportes. Segundo Luciana, “o importante é escolher uma atividade que o filho goste e que, acima de tudo, seja prazerosa. Porém, não adianta somente buscar a solução no externo; é preciso reavaliar todo contexto familiar e mudar o comportamento, se necessário”.
É essencial não submeter crianças a situações nas quais sintam-se muito pressionadas. E, caso se vejam em momentos como esse, o importante é dar todo o apoio e passar tranquilidade para evitar o desenvolvimento de um transtorno mais grave, como a síndrome do pânico. “A criança pode apresentar sintomas de ansiedade em qualquer idade, desde que esteja exposta a algum estímulo que lhe seja agressivo ou exposto”, finaliza a psicóloga.
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Consultorias: Cristiane Maluf Martin, psicanalista; Hewdy Lobo Ribeiro, nutrólogo e psiquiatra; Luciana Kotaka, psicóloga.
Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Edição: Augusto Biason/Colaborador