Controlar o peso é um assunto que vai bem além da estética. Favorece a autoestima do indivíduo, sim, porém é uma questão muito mais de saúde: a obesidade é fator de risco para doenças cardíacas, hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, problemas ortopédicos e pode, inclusive, elevar o risco de câncer, entre outras doenças. No Brasil, mais da metade da população (50,8%) está acima do peso e, dentre esses, 17,4% são obesos, segundo dados do Ministério da Saúde. Mas, afinal, como acabar com a obesidade?
Ajuda profissional
Perder peso é uma tarefa que demanda vontade e disciplina e, muitas vezes, o paciente precisa de ajuda para começar. O primeiro passo é procurar um médico e avaliar o estado clínico para decidirem, juntos, os melhores procedimentos para sair da obesidade. Endocrinologistas, nutricionistas, educadores físicos e até psicólogos podem contribuir, com cardápios individualizados, programa de exercícios, avaliação clínica e no processo de mudança da mente sobre os hábitos.
Além disso, como acabar com a obesidade é um processo longo, o ideal é ficar longe de dietas radicais, que podem provocar problemas em vez de ajudar; ou praticar exercícios sem acompanhamento, pois o obeso apresenta mais dificuldades para algumas atividades, que podem ser perigosas.
Opinião de quem sabe sobre como acabar com a obesidade
O cirurgião Cid Pitombo questiona a forma como a obesidade vem sendo abordada hoje e apresenta um caminho para vencer essa epidemia. “O excesso de peso pode dificultar o caminhar e as atividades cotidianas mais simples, como tomar banho ou se higienizar. Estamos falando de uma doença, e não de preguiça ou gula. Existem milhões de indivíduos com obesidade em filas para tratarem problemas associados a ela. O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou às suas diretrizes medidas como a disponibilização da cirurgia bariátrica por acesso videolaparoscópico, sabidamente muito mais seguro e menos invasivo”, afirma.
O acesso ao procedimento ainda está limitado, e não cresce na mesma progressão que a quantidade de obesos em situação de morbidade. “O tempo de espera nas filas para a cirurgia bariátrica, dependendo do Estado, pode chegar a sete anos. Alguns sequer disponibilizam o procedimento. O Rio de Janeiro, no entanto, tem dado o exemplo e está garantindo vida a essa população. Em pouco mais de seis anos, saiu de uma realidade de 20 cirurgias por ano para cerca de 500 em 12 meses. E todas por acesso videolaparoscópico, o que inspirou o Ministério da Saúde a recomendar o mesmo para todo o país”, finaliza o profissional.
Alimentos aliados
Quer descobrir algumas opções de ingredientes saudáveis e que ajudam na busca pelo peso ideal? Então, conheça cinco alimentos detox que desempenham muito bem esse papel!
Couve: estimula a limpeza do organismo, eliminando substâncias que podem causar doenças e toxinas que ficam nas células de gordura.
Abacaxi: possui bromelina, uma substância que facilita a digestão de proteínas, especialmente as de origem animal.
Gengibre: graças ao gingerol, óleo com ação termogênica, a raiz tem capacidade de acelerar o metabolismo e aumentar a temperatura corporal, elevando o gasto calórico em mais de 10%.
Limão: é rico em vitamina C, que beneficia o funcionamento do fígado. Também atua na prevenção de alguns tumores, na eliminação de toxinas e tem atividade antioxidante.
Melancia: por ser constituída por cerca de 90% de água, é um excelente diurético, atuando no combate à retenção de líquidos e eliminando as impurezas pela urina.
Consultoria Cid Pitombo, cirurgião e coordenador do Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica do Rio de Janeiro
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