Os especialistas recomendam check-ups e consultas a cada seis meses. O objetivo destas visitas periódicas é manter os indicadores do corpo controlados para uma vida mais saudável, pois a incidência de doenças metabólicas tem aumentado gradativamente. Para se ter uma ideia, o endocrinologista Luiz Akira Hata conta que até 2020 a obesidade será a maior causa de doenças no mundo. “A cirrose por gordura alimentar encabeçará a lista, ultrapassando o álcool como causador, o que mostra uma mudança muito brusca no comportamento das pessoas”, observa.
Recentemente, um estudo publicado pela revista científica Lancet mostrou que 30 milhões de pessoas estão obesas. A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso, e que o número de adultos obesos seja superior a 700 milhões. Os números colocam o Brasil entre os países com maior índice de pessoas acima do peso: estima-se que 50% da população esteja obesa.
Elas estão avançando
Para Hata, uma combinação de fatores trazidos pela modernidade está fazendo os indivíduos ficarem mais sedentários e mantendo uma alimentação desregrada, o que tem aumentado a incidência diversos problemas de saúde, dentre os quais se destacam as doenças metabólicas, que estão ligadas a um estilo de vida menos saudável. O diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, problemas no fígado, infarto e acidentes vasculares cerebrais (AVC) são os principais – e mais frequentes – tipos de doenças metabólicas. Além disso, também há a diminuição de hormônio masculino no homem e aumento deste na mulher, fator que causa infertilidade das pessoas de ambos os sexos.
O tratamento para essas doenças pode ser dividido em duas etapas. As medidas de circunferência abdominal que oferecem riscos de doenças metabólicas são de 90cm para homens e de 85cm para mulheres. “Antes de chegar à condição na qual é necessário o uso de remédios ou a realização de alguma cirurgia, o paciente tem a opção de levar um estilo de vida mais saudável, com alimentação regrada e muita atividade física”, recomenda Hata. Após isso, o paciente recebe a indicação de medicamentos, que podem ser inibidores de apetite, de ansiedade, metabólicos ou bloqueadores de absorção de gordura pelo intestino.
Hata explica que, para alguns casos, os especialistas recomendam a técnica cirúrgica, que tem a finalidade de reduzir o peso corpóreo e acúmulo de gordura abdominal para que o indivíduo tenha melhora no quadro clínico. “A principal diferença está na indicação da cirurgia, que varia de pessoa para pessoa, e principalmente nos resultados desejados”, observa.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Luiz Akira Hata, endocrinologista do Hospital Assunção
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