Ela ainda não é tão conhecida, mas algumas mulheres já estão buscando um tipo de plástica um tanto inusitada: a cirurgia íntima. Apesar do que muitos pensam, esse procedimento não é somente uma solução estética, mas também pode ser funcional. Vem saber mais sobre o assunto e esclareça algumas dúvidas!
Como funciona a cirurgia íntima?
A cirurgia íntima pode ser feita em três lugares: no monte de Vênus, nos grandes e nos pequenos lábios, como explica o cirurgião plástico Marcelo Wulkan. “No monte de Vênus (a região que é coberta com pelos pubianos), pode-se aumentar ou diminuir o volume do local. O mesmo pode ser feito nos grandes lábios (parte que protege os pequenos lábios). Na cirurgia da ninfoplastia, conhecida também como labioplastia, usualmente se faz a redução do excesso de pele que existe na região”, esclarece. Dessa forma, esse é um procedimento que pode associar 2 ou 3 dessas cirurgias na mesma paciente, dependendo da necessidade e da queixa apresentada ao cirurgião plástico.
Como o profissional esclarece, ela não é somente uma cirurgia estética e pode ser também funcional, pois um excesso de pele indesejada na região pode causar incômodo ao vestir roupas justas, andar de bicicleta ou mesmo durante o ato sexual. “Muitas pacientes também relatam ficar mais auto-confiantes com sua feminilidade após a cirurgia e isso é um ganho psicológico importante”, diz.
Procedimento tranquilo
Esse procedimento costuma durar de 30 a 45 minutos. Pode ser realizado com anestesia local e sedação e a paciente recebe alta hospitalar após algumas horas depois do procedimento cirúrgico. De acordo com o profissional, os resultados são imediatos e já são notados após as primeiras horas da cirurgia. Porém, não se assuste se a região íntima inchar bastante, já que isso é normal.
“O inchaço demora algumas semanas para melhorar e depende da cirurgia feita e da recuperação pessoal de cada pessoa. Além disso, a paciente não precisa fazer repouso total, mas sim relativo. Ou seja, ela precisa evitar grandes movimentações no local e situações que causem fricção na área operada. “Geralmente, é possível retornar ao trabalho ou estudo no dia seguinte da cirurgia, se não existir nenhuma intercorrência ou contraindicação médica”, conta.
Cuidados especiais
O profissional afirma que o retorno só irá acontecer depois que o médico liberar e avaliar se a região que está cicatrizada, não terá riscos de “abrir”. Isso ocorre, em média, entre três a seis semanas após a cirurgia. Antes de realizar o procedimento, a paciente precisa conversar com o cirurgião plástico e tirar todas as dúvidas sobre a operação. “Muitas vezes, a pessoa acha que a parte íntima está alterada, mas é completamente normal.
Outro aspecto é entender perfeitamente o que a cirurgia vai poder ou não alterar”, explica. Lembrando que toda cirurgia tem riscos e cabe ao médico falar à paciente sobre isso. No caso da cirurgia íntima, esses riscos são mínimos e o que pode ocorrer são pequenos sangramentos no local, infecção e abertura dos pontos. “Por isso, o cuidado com a higiene e a visita pós-operatória são fundamentais para uma boa evolução”, orienta.
Consultoria Marcelo Wulkan, cirurgião plástico
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