Uma das primeiras questões que surge sobre o que os gênios têm a mais do que as outras pessoas é se eles têm um cérebro diferente. Não por acaso, um dos cérebros mais estudados é o de Albert Einstein, físico alemão referência na física moderna. Mas será que realmente existe alguma diferença?
O cérebro dos gênios
Logo após a morte de Einstein, em 1955, o órgão cerebral dele passou por diversas avaliações – contudo, as conclusões foram controversas. O que se sabe é que seu cérebro não era maior nem tinha mais neurônios, porém, apresentava uma maior quantidade de células da glia, que são representantes da área de raciocínio lógico-matemático.
Isso proporcionava uma rapidez de pensamento e estratégias maiores do que uma pessoa com um cérebro dentro da normalidade. Em seu cérebro, também havia maior número de dendritos, terminais nervosos que atuam na recepção de estímulos do ambiente ou de outros neurônios. Há ainda indícios de diferenças, principalmente, em relação aos processamentos numérico e espacial.
No entanto, é preciso ter em mente que o cérebro de uma pessoa nunca é igual ao de outra. “Todos nós temos a mesma capacidade, até porque existem muitos mitos em relação ao cérebro que ainda precisam ser desvendados”, destaca a psicóloga Zora Viana.
Além disso, o órgão possui uma capacidade incrível de desenvolvimento, o que impede a classificação da genialidade somente por meio da análise de aspectos físicos. “Sabemos que ele possui capacidade plástica em todas as idades, proporcionado mudanças no número de células assim como na rede de conexões entre elas a partir de variáveis como hereditariedade e hábitos de vida”, explica o neurologista Fabricio Hampshire.
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Texto: Natália Negretti – Edição: Victor Santos
Consultorias: Fabrício Hampshire, neurologista do Hospital Caxias D’Or, em Duque de Caxias (RJ); Wallace Liima, professor e pesquisador em saúde quântica; Zora Viana, psicóloga especialista em neuropsicologia.