Mesmo que os estudos sobre as causas do amor ainda estejam em uma fase inicial, as consequências desse sentimento – que não são poucas – já foram amplamente divulgadas pela ciência. Assim, é fato que o corpo sente os efeitos quando o amor é processado pelo cérebro.
O fluxo de hormônios é uma das reações imediatas. Além da ocitocina, a vasopressina, a dopamina (relacionada ao prazer), os hormônios sexuais (estrogênio e testosterona) e a adrenalina (que faz o coração disparar) são ativados.
“O amor causa uma mudança completa no ser humano. Toda essa enxurrada de neurotransmissores e de hormônios faz com que a pessoa mude seu estado psicológico, sendo governada pelo lobo frontal, que nos adultos corresponde a 5% das ações”, explicita Wallace Lima, físico e professor especialista em saúde quântica.
As vias de recompensa também são estimuladas por conta do aumento do fluxo sanguíneo no núcleo accumbens e da ação direta dos sistemas límbico e opioide, o mesmo que sofre os efeitos da heroína e dos analgésicos opiáceos. Em razão desses estímulos – ao núcleo accumbens, sistema apioide e dopamina, principalmente – que o amor é viciante. Essas são as mesmas estruturas envolvidas nos vícios causados, inclusive, pelas drogas.
Cegos de amor
A ideia de que os indivíduos ficam desatentos, e até cegos, quando estão apaixonados também foi comprovada. Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, testaram a atenção de 113 mulheres e homens. Metade dos indivíduos teve que escrever um pequeno texto falando sobre o amor que sentia por seu parceiro, e a outra porção elaborou um texto genérico sobre felicidade.
Depois disso, foram mostradas imagens de pessoas consideradas muito e pouco atraentes enquanto os olhos dos estudados eram monitorados. Resultado: aqueles que pensaram nos seus relacionamentos românticos antes da experiência desviavam os olhos das fotos que retratavam pessoas tidas como bonitas.
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Texto e entrevista: Érika Alfaro – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Wallace Lima, físico e professor especialista em saúde quântica.