Você já se perguntou de onde vêm a fé e a espiritualidade de uma pessoa? Será que elas são frutos da nossa mente ou são componentes hereditários, transmitidos por código genético? Dean Hamer, biólogo americano e doutor pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, defende que essas características são hereditárias em seu livro, O Gene de Deus.
O livro da discórdia
Para tornar a obra possível, o biólogo promoveu um questionário sobre espiritualidade com 1.001 voluntários. Ao final do estudo, separou as pessoas entre as que obtiveram maior e menor pontuação e estudou as diferenças genéticas entre esses dois grupos. Aquele que obteve melhor pontuação continha pessoas com um nível maior de espiritualidade.
Na obra publicada nacionalmente pela editora Mercuryo, Hamer defende ter descoberto um gene responsável por fazer o ser humano acreditar em Deus e ter fé, além de outras experiências ligadas à espiritualidade. Para o americano, não se trata de definir uma religião para cada um e nem o que é Deus, mas determinar algo ligado a sentimentos, de como as pessoas se sentem perante Deus.
Assim que o livro foi lançado, muitas críticas surgiram. Em contraponto a elas, o biólogo diz que não se trata de “o gene divino”, mas de um gene em meio a tantos outros. O americano defende a tese de que todas as pessoas possuem essa molécula, assim como todos os outros, só que, nesse caso, ele é mais desenvolvido em alguns indivíduos. Seria como chutar uma bola; todos têm a capacidade de fazê-lo, mas apenas alguns apresentam o talento para isso.
O sacerdote Augusto Correa não concorda que a fé seja hereditária, porém, acredita em uma energia que todas as pessoas recebem. “Cabe ao ser humano querer ou não se conscientizar para intensificar essa energia através dele na sua vida terrena”, afirma.
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Texto: Redação Alto Astral | Edição: Érika Alfaro | Consultoria: Augusto Correa, sacerdote