Já pensou em adquirir os tecidos que você precisa para fazer suas peças sem gastar nenhum tostão, somente doando outros paninhos que você não usa mais? Pois é, esse lugar existe e é o Banco de Tecido. Isso mesmo, banco! Mas um banco que não trabalha com dinheiro e, sim, com uma moeda muito mais antiga do que as de níquel ou as notas de papel; a moeda de troca. Parece sonho, mas, desde janeiro de 2015, não é. O Banco de Tecido já pode ser encontrado na cidade de São Paulo e na capital do Paraná, Curitiba.
A ideia inovadora é da figurinista Lu Bueno, que tinha quase uma tonelada de tecidos acumulada ao longo de 20 anos de trabalho. Ela começou a trocar com os amigos e percebeu que tecidos bons usados em produções de teatro e até em casas de costureiras comuns eram descartados. Foi então que surgiu o novo modelo de banco. Com essa nova forma de negociar matéria-prima para roupas e trabalhos manuais, por exemplo, é possível reaproveitar tecidos usados e desenvolver uma cadeia de produção sustentável. “Recolocamos no mercado aqueles tecidos que estavam sem uso em prateleiras ou estoques. Damos vida nova aos tecidos que estavam esquecidos no fundo das gavetas. Liberamos espaços, usamos melhor o que já existe no mundo e com o aumento da vida útil do tecido, diminuímos o consumo dos recursos naturais do planeta”, expõe o site do Banco.
Realidade têxtil
De acordo com informações do Banco de Tecido, 10% de toda a produção têxtil vira descarte. Essa sobra fica estocada por anos ou vai para algum aterro sanitário. E esse é um grande problema, uma vez que 70% do que é produzido no mundo é composto por fibras sintéticas, material que leva dezenas de anos para se decompor.
Funcionamento do Banco de tecido
O Banco de Tecido funciona assim: o cliente leva seus tecidos; o banco pesa, higieniza e organiza para ser colocado na loja. Se forem pequenos retalhos, eles deverão ser doados. A cada quilo depositado o cliente receberá créditos para sacar outra quantidade em troca. O acervo do banco é outro diferencial, já que quem adquire os tecidos na loja também tem a vantagem de conseguir produtos exclusivos e antigos, com estampas e texturas que já não podem mais ser encontradas no comércio tradicional. Se você ficou interessada, mas ainda não tem tecido para trocar, não desanime. Apesar de não ser a principal forma de vender os produtos, o Banco de Tecido também dispõe da opção de comprar com dinheiro. Mesmo assim, o cliente impulsiona um ciclo sustentável, com positivos reflexos econômicos e ambientais, já que, em outros locais, sobras e estoques de tecido acabariam virando lixo e contaminando o meio ambiente.
Gostou do Banco de Tecido? Então, visite uma das unidades; são duas opções em São Paulo: uma na Vila Leopoldina e outra no bairro Consolação. Em Curitiba, a loja fica no bairro Hugo Lange.
Para mais informações, acesse bancodetecido.com.br
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