Conheça melhor a doença de Alzheimer

Com mais de 100 anos desde seu primeiro registro pela medicina, a doença de Alzheimer ainda possui algumas dúvidas não desvendadas pela ciência

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A doença de Alzheimer leva como nome oficial a referência direta ao neurologista alemão Alois Alzheimer, o primeiro a descrevê-la, em 1906. “Alois esmiuçou as manifestações clínicas da DA e mais de 100 anos depois a sua causa ainda desafia a medicina”, aponta Martin Portner, neurologista.

O médico estudou e publicou o caso de Auguste Deter, mulher saudável que, ao completar 51 anos, desenvolveu um quadro de perda expressiva de memória, distúrbios de linguagem (dificuldade para se expressar e compreender) e desorientação. A doença fez com que a paciente se tornasse incapaz de cuidar de si mesmo. Após sua morte, aos 55 anos, o estudioso pôde examinar seu cérebro e, com isso, descreveu as alterações que, até hoje, são conhecidas como características do Alzheimer.

cerebro vermelho idoso alzheimer

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Principais dados sobre o Alzheimer

1 • A incidência da doença vem crescendo mundialmente na mesma medida em que a população acima dos 65 anos aumenta. A enfermidade acomete 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo um dos maiores levantamentos já realizados sobre a doença pela Associação Internacional de Doença de Alzheimer (ADI). Atualmente, 58% da população com DA encontra-se nos países desenvolvidos.

2 • De acordo a ADI, o crescimento da incidência da doença na população idosa praticamente dobra a cada 20 anos.

3 • A cada ano, são registrados 7,7 milhões de novos casos de Alzheimer no mundo, o que representa um novo caso a cada quatro segundos.

4 • No Brasil, o Estudo de Catanduva, realizado em 1998, demonstrou que o sexo feminino (59%) desenvolve mais demência do que o sexo masculino (41%). A razão, ao certo, ninguém sabe. Uma forte possibilidade é o fato de que a mulher vive mais que o homem – em média 7 anos – e a idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de DA.

5 • Quanto à incidência da doença em relação à idade, um estudo americano realizado por Snowdon, em 1997, encontrou dados de que a taxa dobrou a cada 5 anos até os 90 anos. Porém, este mesmo estudo percebeu que após os 93 anos, parecia haver uma relativa proteção, o que significa que após esta idade, os riscos parecem não crescer tanto.

6 • Nos Estados Unidos, 13% dos idosos aos 65 anos já apresentam a doença e, aos 85 anos, o índice chega a quase 50%. Hoje, o Alzheimer é a doença mais temida do país em relação às pessoas acima dos 55 anos, superando o câncer e as doenças cardíacas.

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Texto e entrevista: Jéssica Pirazza/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha/Colaborador

Consultoria: Martin Portner, neurologista

 

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