Parto normal ou cesárea? A pergunta aflige a maioria dos casais durante boa parte da gravidez e é motivo de polêmica na comunidade médica. Para ajudá-la a fazer a melhor escolha, procuramos especialistas no assunto, que trazem informações precisas sobre cada tipo de parto.
Parto normal
Prós: é o meio que a natureza determinou para o nascimento dos bebês e, por isso, muitas campanhas o incentivam. Entre as maiores vantagens, segundo a ginecologista Denise Coimbra, de São Paulo, está a recuperação mais rápida da mãe, o que facilita os cuidados com o bebê e a amamentação. “Se o parto ocorre naturalmente, sem imprevistos, o bebê nasce muito bem, já que há uma contribuição importante da própria fisiologia humana”, afirma a médica.
Contras: a principal desvantagem é a imprevisibilidade de complicações: tudo pode acontecer durante um parto normal.
Cesárea
Prós: pode ser marcada com antecedência, o que representa comodidade para o médico e para a mãe no dia do parto. Além disso, não há dor (a mulher é anestesiada) e se tem maior controle dos riscos. “Muitas pacientes acham esse tipo de parto mais confortável”, resume Denise.
Contras: os riscos de infecções e complicações são maiores, por conta da anestesia e da necessidade de corte e pontos. No pós-operatório, muitas mulheres relatam dor e dificuldades para caminhar nas primeiras semanas após o parto. Segundo a ONG Amigas do Parto, o bebê pode ter problemas relativos à maturidade pulmonar, por não ter chegado sua hora exata de nascer. O risco de bronco-aspiração de secreções, no momento da retirada do útero, também é maior.
Estágios do parto normal
1 – As contrações são regulares e terminam com a dilatação completa do colo uterino. Dura de 4 a 12 horas, dependendo da gestante. Nessa fase, a cabeça do bebê começa a descer. As fortes contrações do útero dilatam o colo gradualmente.
2 – Nessa altura, a mulher sente uma sensação de pressão sobre a região perineal. As contrações uterinas, junto com o esforço da mãe, empurram o bebê para a vagina. A cabeça dele será espremida e moldada sem perigo. Isso só acontece porque, na hora do nascimento, os ossos do crânio do bebê ainda não se soldaram uns aos outros.
3 – Começa logo após o nascimento da criança e termina com o desprendimento da placenta da parte uterina, que é expelida pela vagina. Isso ocorre de 3 a 5 minutos após o parto.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Denise Coimbra, médica ginecologista e obstetra e membro do grupo de estudos em Reprodução Humana da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
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