Para evitar a gravidez indesejada e também prevenir-se de algumas DSTs existem vários métodos contraceptivos, no entanto, cada mulher tem uma necessidade específica. Conheça as vantagens e desvantagens de cada método e escolha o seu ou consulte um ginecologista para decidir o melhor.
Preservativo
Simples, seguro e fácil de encontrar, o preservativo tem a vantagem de ser utilizado simultaneamente com os outros métodos contraceptivos. A camisinha (feminina ou masculina) ajuda a prevenir DSTs como a AIDS, o HPV e a sífilis. Porém, é preciso optar por apenas uma, não se deve usar a camisinha feminina e a masculina juntas.
Pílula
A pílula anticoncepcional, além de evitar a gravidez, também traz outros benefícios: regula o ciclo, reduz as cólicas menstruais, diminui o fluxo menstrual, protege contra as doenças ovarianas, diminui as espinhas e alguns sintomas da TPM e da endometriose. Segundo a ginecologista Mara Diegoli, a medicação pode causar alguns efeitos colaterais, como enjoos, aumento de peso, sensibilidade nos seios, dores de cabeça e alterações do humor, e outros mais graves, como trombose, AVC e aumento da pressão. A especialista alerta para o fato de que a pílula não deve ser usada em mulheres que apresentam trombose, hipertensão, e em fumantes. “A pílula precisa ser ingerida diariamente, sempre no mesmo horário e conforme as indicações da bula. As cartelas com 21 comprimidos necessitam de um intervalo de 7 dias para recomeçar. As de 24 precisam de 4 dias de intervalo e as de 28 comprimidos não devem ser interrompidas”, explica a ginecologista.
Injeção
A injeção pode ser aplicada mensalmente ou a cada 3 meses. Ela atua impedindo a ovulação. A opção trimestral apresenta mais efeitos colaterais que a injeção mensal. Entre eles destaca-se o aumento de peso e a interrupção da menstruação.
Adesivo
Por ser aplicado na pele, esse método não provoca náuseas ou dores estomacais. O adesivo deve ser colado na pele por três semanas seguidas. Depois é feita uma pausa de 1 semana para menstruar. Raramente provoca alergia.
Implante
Com validade de 3 anos, o implante precisa ser colocado pelo médico, debaixo da pele, no braço. “Muito útil em mulheres que têm tensão pré-menstrual, pois melhora os sintomas da tensão e diminui muito os sintomas físicos menstruais e pré-menstruais”, recomenda a ginecologista. No entanto, o implante é caro e em 30% dos casos provoca sangramentos irregulares, necessitando ser retirado pelo médico.
Anel vaginal com hormônios
Colocado no interior da vagina, como o absorvente interno, permanece lá por 3 semanas. Recoloca-se outro por mais 3 semanas, após a menstruação. Pode ser facilmente introduzido, mas necessita que a mulher conheça o seu corpo.
Endoceptivo intravaginal
Introduzido no útero, é composto por progesterona. Seus benefícios são a redução das cólicas, sangramentos e endometriose. No entanto, é uma opção cara e precisa ser colocado pelo médico.
DIU
Feito de cobre, o DIU é uma boa opção para a mulher que não pode ou não quer tomar hormônio. Ele atua como espermicida, impedindo que ocorra a fecundação. Deve ser colocado pelo médico. “As vantagens do DIU é que ele dura 5 anos. Fumantes e mulheres acima de 40 anos são as mais indicadas para este tipo de método anticoncepcional”, afirma Mara. A especialista alerta que o DIU pode aumentar as cólicas e o sangramento, além de contribuir para o desenvolvimento de corrimento e infecções.
Diafragma
De difícil colocação e com altos índices de falha, o diafragma precisa permanecer na vagina de 6 a 8 horas (após a relação) para que os espermatozoides percam a atividade.
Tabelinha
A tabelinha ajuda a calcular os dias férteis, ou seja, os dias da ovulação. A ovulação geralmente ocorre no 14º ou 15º dia após a menstruação. Segundo Mara, esse método é falho, por isso a relação sexual deve ser evitada não apenas no dia fértil, mas também 4 dias antes e 4 dias depois da ovulação.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Mara Diegoli, ginecologista
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