O cartão de crédito vai mudar: a partir de abril, o cliente não poderá mais pagar o valor mínimo da fatura mais de uma vez seguida. Se caso o pagamento do valor total não for possível, a saída será o parcelamento ou a busca por fontes de créditos com taxas mais em conta. O Banco Central garante que a medida vai diminuir a inadimplência e, consequentemente, contribuir diretamente para a saúde financeira das pessoas.
Para você se reorganizar, é preciso que entenda, desde já, o que vem por aí. Confira!
O CARTÃO DE CRÉDITO VAI MUDAR
Pagamento mínimo todo mês não vai rolar!
Com os produtos cada vez mais caros, o cartão de crédito é uma saída e tanto para comprar itens de emergência ou com valores fora do orçamento do mês, por exemplo. Mas, quando a coisa aperta, é possível pagar o valor mínimo, já oferecido nas próprias faturas.
O problema é que os juros do cartão de crédito são altíssimos e, apesar da maioria das pessoas saberem disso, ainda é grande a inadimplência pelo rotativo – quando o valor da dívida vai ‘rodando’, mês a mês, sem que o cliente faça um acordo para acertar. Aí pronto! Quem consegue pagar aquela conta do tamanho de uma bola de neve?
Quem não pagar, vai ter de parcelar
O cartão de crédito vai mudar e isso valerá a partir de 3 abril. O cliente poderá ficar com a fatura pendente, no máximo, durante 30 dias. Depois desse prazo, o banco emissor deverá migrá-lo para outro cartão com taxas mais baratas, que dependerá da aprovação de crédito, ou o parcelamento, que é a alternativa mais especulada pelos especialistas, considerando os benefícios para os bancos e para os clientes.
Especulada porque cada banco poderá ter algumas regras próprias, que deverão ser divulgadas até março.
Para se ter uma ideia, o crédito rotativo tem taxa de 15% ao mês. Em termos práticos, quem usa a opção de pagar a parcela mínima do cartão para uma dívida de R$ 1 mil, por exemplo, ao fim de três meses deve pagar R$ 1,5 mil. Em 12 meses, a dívida passaria para mais de R$ 5 mil. Se essa mesma dívida for renegociada em forma de parcelamento, com juros de 8% em média, o valor seria de pouco mais de R$ 1,5 ao fim de 12 meses.
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Provavelmente, o parcelamento será automático
Essa é uma hipótese, considerando que os bancos estão se reestruturando após a decisão do Banco Central. Entretanto, parece ser, também, a alternativa mais prática, já que a mudança foi justificada pelo bloqueio do acréscimo dos juros em cima dos valores originais. O rotativo tem juros que chegam a 484% ao ano, enquanto o parcelamento não passou de 154% ao ano, em dezembro de 2016, segundo a Folha Online.
Você poderá usar o cartão normalmente, desde que esteja com os pagamentos em dia
Parcelou, pagou, usou. O ciclo parece funcionar bem na teoria e é essa a expectativa do Banco Central. Também acredita-se que o cliente precisará pagar, no mínimo, 15% do que gastou no mês mais a parcela negociada.
Como as coisas funcionarão pra valer só vamos mesmo saber em março, com todas as regras individuais dos bancos divulgadas. Mas, vale a pena segurar os gastos pra não se complicar nos próximos meses, ok?
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