A nadadora Poliana Okimoto fez história ontem (15) ao receber a primeira medalha olímpica brasileira da natação feminina.
Ela é atleta da maratona aquática e ganhou um bronze inédito depois de uma grande polêmica.
O quarto lugar e o “quase”
Poliana Okimoto nadava os 10 quilômetros da maratona aquática – que acontecia na praia de Copacabana – e durante as quase duas horas de prova se manteve em terceiro lugar no trajeto, mas nos minutos finais, acabou sendo ultrapassada, ficando em quatro lugar na competição.
A francesa Aurelie Muller e a italiana Rachele Bruni estavam em segundo e em terceiro lugar, mas ambas brigando pela medalha de prata, já que a nadadora dos Países Baixos, Sharon van Rouwendaal, liderava isoladamente a prova. O disputa era tão próxima que era impossível de identificar quem ficaria com o segundo lugar.
No final da prova, Auriele Muller se apoiou em Rachele Bruni para bater na marca de chegada primeiro, o que gerou muita discussão acerca de uma possível punição. Apenas três segundos atrás estava Poliana, que chegou em quarto lugar – com um gostinho de “quase” – mas a nadadora já estava feliz por ter feito sua melhor marca olímpica. O que Poliana não sabia é que neste dia, ela entraria para história do esporte brasileiro.
A Confederação Internacional de Maratona Aquática puniu a francesa Auriele com uma desclassificação da prova. A equipe da França entrou com um recurso, mas ele foi rejeitado. Consequentemente, Poliana Okimoto subiu uma classificação da prova, ficando com o terceiro lugar e conquistando o bronze.
A trajetória de Poliana Okimoto
A nadadora é sargento da Forças Armadas brasileiras e se dedica a natação desde os sete anos de idade. Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, Poliana terminou a prova em sétimo lugar.
Na edição dos Jogos Olímpicos de Londres, a maratona aquática aconteceu no lago Serpentine, no Hyde Park, e a temperatura daquele dia na cidade inglesa marcava um grau. Poliana desistiu da prova e abandonou a competição com um quadro de hipotermia.
As Olimpíadas do Rio seriam complicadas, já que tudo acontecia oito anos depois de sua estreia olímpica, mas as condições foram a favor de Poliana, já que o mar de Copacabana estava calmo, do jeito que a brasileira gosta. O resultado foi uma bela medalha de bronze e uma linda volta por cima!
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