Imagine que seu vizinho do apartamento ao lado resolve promover uma festa em pleno domingo à noite. Você não foi convidada e precisa acordar cedo no outro dia para trabalhar. No entanto, o som alto adentra seu apartamento sem permissão, atrapalhando seu sono. O que você faz? Liga para o síndico, telefona para a polícia, ou coloca os travesseiros nos ouvidos? O fato é que existem diversas possibilidades, mas todas envolvem gerar ou não alguns conflitos.
Todos os dias, nós nos envolvemos em conflitos, sejam pequenos ou grandes, com amigos, colegas, familiares ou até mesmo desconhecidos. Isso porque carregamos conosco uma bagagem cultural, opiniões e características da nossa personalidade que nos fazem discordar de outras pessoas, sermos e agirmos de maneira diferente.
Vivemos na ilusão de que viver em paz significa não enfrentar conflitos. Mas, na verdade, o convívio saudável acontece quando aprendemos a viver em harmonia e lidar bem com possíveis divergências de atitudes e opiniões. Por isso, é preciso ter sempre em mente que o mundo não é perfeito e que nem todas as pessoas irão acatar nossas decisões tranquilamente, sem contestações.
“O fato de conviver em sociedade pressupõe distintas individualidades. Apesar de estarmos inseridos em um único meio e compartilharmos crenças comuns, cada qual tem uma leitura própria, o que configura sua identidade, a sua subjetividade”, explica o professor de Sociologia Ronaldo Formiga.
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Texto: Érica Aguiar Arte: Mary Ellen Machado
Consultoria: Ronaldo Formiga, professor de sociologia.