Já passou de oitocentos o número de brasileiros infectados com a febre chikungunya, ou chicungunha, uma doença transmitida por um mosquito muito comum em algumas regiões da África. No Brasil, os primeiros casos foram registrados no extremo norte do Amapá, que faz divisa com a Guiana Francesa e que foi a promissora da doença na América Latina, junto com algumas ilhas do Caribe.
Muito parecida com a dengue, tanto na forma de transmissão quanto nos sintomas, o Papo Feminino esclarece agora as dúvidas sobre a chikungunya.
O mosquito
A chikungunya pode ser transmitida pela picada do mesmo mosquito da dengue e também o da febre amarela, o Aedes Aegypti e o Aedes Albopictus, respectivamente, só que nesse caso, com o chamado vírus Alphavirus. Além das cidades, o mosquito também está presente na área rural, principalmente na época do calor e das chuvas, quando estão mais propícios à reprodução.
Sintomas
Assim como os sintomas da dengue, a chicungunya provoca febre e dores no corpo (musculares e nas articulações), porém, com maior intensidade, além de erupção na pele e conjuntivite. As dores podem ser tão fortes que chegam a ser capazes de impedir os movimentos, e ainda, permanecer mesmo quando o estado febril já passou. É raro o quadro da chikungunya se agravar e se tornar extremamente grave.
Tratamento
Ainda não existe uma vacina que previne ou cure os efeitos da chikungunya, por isso os tratamentos são feitos a base de analgésicos e anti-térmicos, que vão apenas aliviar os seus sintomas. Manter o doente bem hidratado é importantíssimo depois do diagnóstico, que é feito através de avaliação clínica e exames laboratoriais.
Prevenção
A principal ação a ser tomada é evitar a reprodução do mosquito, com os já tradicionais métodos contra a dengue:
– Não deixar água parada
– Tampar a caixa d’água
– Não acumular garrafas no quintal
– Fazer a limpeza das calhas e de encanamentos
– Colocar areia invés de água nos pratos dos vasos de flores
Dos pacientes diagnosticados com a doença no Brasil, a maioria é do Norte e do Nordeste. Os casos autóctones (pessoas que não foram a países com registros da chikungunya) são dos estados da Amapá, Bahia e Minas Gerais. Outras nações que já confirmaram a existência da vírus são a República Dominicana, Haiti e Venezuela.