Uma montanha-russa: momentos de extrema euforia e outros de grande depressão. Transtorno bipolar?
Nem sempre. Essas também são características de outros problemas: a distimia e a ciclotimia. Conheça esses tipos de transtornos de humor!
Ai, que tristeza…
- Existe um tipo de depressão mais leve que é cada vez mais comum na população. É a distimia: um transtorno de humor que também se caracteriza pela falta de prazer em viver, baixa autoestima, sentimento de negatividade, descontentamento e desesperança, entre outros sintomas.
- É difícil identificar esse tipo de problema, pois os sinais podem ser confundidos com um estado de humor, algo que é normal e faz parte da personalidade da pessoa.
- Mas quando esses momentos passam a ser frequentes e a atrapalhar a vida do indivíduo, é hora de procurar ajuda.
- Se você fica muito deprimida, com pessimismo em excesso, as pessoas se afastam e você deixa de realizar muitas atividades, ou as faz de forma insatisfatória, fique atenta!
- Preste atenção se a relação com as pessoas, com seu trabalho, com seus estudos e consigo mesma estão sendo prejudicadas.
Rindo e chorando
- Outro distúrbio de humor que também tem afetado um grande número de pessoas é a ciclotimia.
- Considerada um transtorno bipolar mais brando, pois tem episódios de menor duração e gravidade, a ciclotimia define-se pelas variações entre a distimia e a hipomania.
- “Na fase distímica, a pessoa tem dificuldade em tomar decisões, problemas de concentração e memorização, falta de motivação, apatia e fadiga”, descreve a psicanalista Elizandra Souza.
- Já na fase eufórica, de hipomania, ela apresenta otimismo extremo, aumento da atividade física, gastos excessivos, agitação e impaciência, dentre outros fatores.
Busca pelo controle
- Pacientes com esses distúrbios de humor sofrem porque nem eles nem as pessoas à sua volta conseguem prever o que está por vir, dificultando a convivência e uma rotina normal;
- É preciso ficar atenta para não confundir algo normal — como uma tristeza referente a uma perda, uma irritação por um problema de difícil solução ou a alegria por uma conquista — com sintomas de uma patologia;
- “Hoje temos uma geração que não sabe lidar com as incertezas, as dificuldades, as derrotas e a instabilidade próprias da vida. Procuram sempre por um novo nome para isso, como se essa atitude fosse dar conta daquilo que a pessoa não quer saber: sobre si mesma”, alerta a psicanalista;
- Quando um profissional diagnostica o problema, é preciso iniciar um tratamento, que pode ser feito tanto com medicamentos quanto com terapias;
- “Buscamos posicionar o sujeito frente a seu sintoma para que ele diga sobre essa relação e, assim, consiga desvendar sua rede de associações. Dessa forma, é possível deixar os sintomas que lhe afligem e causam sofrimento”, finaliza.
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