Descubra se você sofre com a Síndrome de Bournot e como ela afeta a vida profissional

A Síndrome de Bournot se caracteriza pelo esgotamento físico, emocional, desinteresse no trabalho, isolamento e mudanças bruscas de humor, por exemplo

- Na Síndrome de Bournot, a vida profissional é diretamente prejudicada. FOTO: Istock.com/GettyImages

Você sabia que, de acordo com uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma), 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com a Síndrome de Bournot? Entenda mais sobre o assunto a seguir!

 

O que é a Síndrome de Bournot?

Trata-se de um tipo de estresse avançado, provocado por condições de trabalho desgastantes. Burnout, do inglês, seria algo como “queimar por completo”. É quando o funcionário chega ao seu limite, criando uma aversão pelo ambiente ao seu redor e às suas atividades diárias. “Profissionais da saúde, assistência social, agentes penitenciários, policiais estão mais propensos, pelas condições de trabalho. Mulheres com dupla jornada e cuidadores também são de alto risco para desenvolver a síndrome”, explica Licia Milena de Oliveira, psiquiatra e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria e professora da Medcel

 

Principais sintomas

Ela pode ser confundida com ansiedade ou mesmo por uma depressão, onde os sintomas são parecidos, porém, relacionados ao contexto geral da sua vida, não somente a vida profissional. A sensação de esgotamento físico e emocional é a característica principal do problema, que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima. Mas também podem aparecer sintomas físicos como dores de cabeça, cansaço, sudorese, palpitação, dores musculares, insônia e distúrbios gastrintestinais.

síndrome de bournot

O isolamento de demais colegas no ambiente de trabalho é um dos sintomas da síndrome. FOTO: Istock.com/GettyImages

Diferentes níveis

Ainda de acordo com a Dra. Licia, existem três níveis da Síndrome de Bournot, que pode se caracterizar por um quadro leve, moderado ou grave. “Sintomas leves geralmente não são incapacitantes e surgem no ambiente de trabalho, enquanto que nos casos graves há alto índice de absenteísmo e sintomas que extrapolam o ambiente corporativo”, completa.

 

Como tratar e evitar

O tratamento é realizado com psicoterapia, antidepressivos e mudanças no estilo de vida. Algumas dicas são importantes para afastar a síndrome, como adotar um estilo de vida saudável, com exercícios físicos, alimentação adequada, meditação, momentos de lazer e relaxamento. A sugestão da psiquiatra é avaliar as condições de trabalho e tentar implementar maneiras para que a atividade laboral não interfira na qualidade de vida, danificando a saúde física e mental. “Percebendo qualquer alteração emocional ou física, procure um psiquiatra ou psicólogo. Se os sintomas da síndrome forem identificados precocemente, evita maiores danos à saúde”, finaliza a especialista.

 

Consultoria: Licia Milena de Oliveira, psiquiatra e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria e professora da Medcel

 

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