O sal é conhecido como vilão dos hipertensos, já que o consumo em excesso eleva — e muito — a pressão arterial, acarretando em sérias consequências ao corpo. Isso porque o sódio tem a propriedade de reter líquidos, o que é necessário para manter as células hidratadas. No entanto, as quantidades de água e de sódio precisam estar em equilíbrio perfeito para que as funções celulares não sejam alteradas. Quando o contrário acontece, o sódio vai para a corrente sanguínea e torna o sangue mais viçoso, dificultando o trabalho do coração.
O outro lado
Apesar de ser um dos grandes vilões da pressão alta (junto com a obesidade, o sedentarismo e o estresse), o sal, ou cloreto de sódio, tem um papel importante na alimentação humana. “O sódio, assim como muitos minerais, é fundamental no metabolismo celular: atua na transmissão dos impulsos nervosos e participa das contrações musculares, do equilíbrio ácido/básico e da absorção de nutrientes pelas células”, explica o nutricionista Hugo Comparotto. Portanto, é uma das substâncias que nos mantêm vivos. “É necessário ingerir diariamente 2g de sódio para o bom funcionamento do metabolismo e das funções vitais. Além disso, o sal que consumimos é fonte de iodo, fundamental para a produção dos hormônios tireoidianos, responsáveis pela taxa metabólica”, acrescenta o nutricionista.
Isso sem contar o importante papel de melhorar o sabor dos alimentos, propriedade que possibilitou à espécie humana desfrutar de uma maior variedade de fontes de nutrientes, algo decisivo para nossa sobrevivência. “O sódio, quando consumido em excesso, é que nos faz mal. Mas é importante ressaltar que ele é essencial para o organismo”, assegura a nutricionista Patricia Davidson.
Quantidades certas
Como já dito, é o consumo em excesso que faz do sal um inimigo da saúde, especialmente da pressão arterial. Isso porque, quando o sal vai para a corrente sanguínea, há um aumento indesejado do volume de sangue, que faz com que a pressão dentro das artérias aumente. É como um rio que recebe uma quantidade de água além do normal e transborda. Porém, no caso de nossas artérias, o excesso não tem para onde ir e isso pode provocar seu rompimento ou sua obstrução, causando problemas como infarto e derrame, além de danos à própria artéria.
Texto: Paula Santana
Consultoria: Hugo Comparotto e Patricia Davidson, nutricionistas
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