Doenças emocionais são as dores e reações físicas vindas da mente. Não é de hoje que a ciência busca explicações psíquicas para as doenças, e já comprovou que muitos sintomas do corpo nascem de dores da alma. A maior dificuldade é aceitar que as vezes a doença não possui um agente físico para atestar os sintomas. “O paciente, dessa forma, sofre com os sintomas e com a desconfiança social que questiona a autenticidade da doença”, frisa a psicóloga Raquel Rocha.
Organismo em pane
Quando a mente sofre, o organismo como um todo pode ficar predisposto a desenvolver doenças. “Sabemos que as emoções não são apenas elementos imateriais, mas têm correspondência bioquímica. Dessa forma, após um período irrigando o corpo com certos elementos há o adoecimento”, explica Raquel. Algumas doenças foram mais estudadas, como é o caso da gastrite. “O que vale entender aqui é a dinâmica por trás da doença. Questões mal resolvidas que abalam a estrutura emocional do indivíduo acabam por ser atualizadas em forma de sintoma, o que se constitui em uma possibilidade de a pessoa olhar para sua dificuldade e trabalhá-la”, diz a psicóloga.
Diagnóstico
Descobrir que um sintoma físico tem por trás uma desordem emocional não é nada fácil. Primeiro porque a medicina, de maneira geral, trabalha com dados concretos em suas avaliações. Buscam-se vírus, bactérias, disfunções orgânicas e demais provas para averiguar o problema. Quando nada é encontrado, normalmente a doença é descaracterizada, o que prejudica um diagnóstico preciso. “É necessário ir em busca de profissionais que entendam o ser humano em sua integralidade, e não privilegiem o corpo em detrimento da mente”, explica a psicóloga.
Tratamento
Para o tratamento alcançar a eficácia desejada, o paciente deve ter o apoio de vários profissionais. Por exemplo, o médico, que possibilitará o alívio do sintoma físico; o psicólogo, que trabalhará a questão psíquica por trás da doença física e, se for o caso, o assistente social, o fisioterapeuta, o profissional das práticas integrativas e complementares (como o acupunturista e o massoterapeuta). “Dessa forma, o tratamento multidisciplinar deve ser privilegiado. Lembrando que a divisão mente/corpo é puramente conceitual, devemos entender o paciente em sua totalidade como um ser social, corporal, psíquico e saúde (de acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde)”, frisa Raquel.
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Consultoria Raquel Rocha psicóloga