Segundo um estudo publicado no periódico científico PLOS Medicine, os medicamentos à base de glitazonas – substâncias que ativam receptores capazes de atuar na redução da resistência à insulina – podem afastar o Parkinson, doença relacionada à dificuldade da coordenação motora.
Para isso, pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido, analisaram os registros de cerca de 160 mil pacientes diabéticos. Para serem analisados, nenhum paciente foi diagnosticado com Parkinson no início do estudo, que teve duração entre os anos de 1999 e 2013.
O resultado mostrou uma diminuição de 28% nos casos de incidência do problema nos pacientes que faziam uso das glitazonas, ao contrário daqueles que tomavam outro tipo de medicamento. Além disso, aqueles que trocaram de tratamento durante o estudo não obtiveram o mesmo benefício.
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Além dos medicamentos
Além dos medicamentos e procedimentos indicados pelo profissional que acompanha o paciente de Parkinson, também é possível contar com a ajuda de medidas alternativas para melhorar a qualidade de vida e amenizar os sintomas da doença.
“Podemos dizer que os benefícios proporcionados por terapias alternativas, tais como a melhora do humor, redução dos efeitos do estresse, ativação da circulação sanguínea, entre outros, podem indiretamente diminuir os sintomas e até retardar a evolução da doença”, afirma a neurocientista Célia Martins Cortez.
Homeopatia: ela procura entender as diferenças peculiares de cada ser, o seu sentir, sua maneira de vivenciar as emoções, os medos, as alegrias e suas predileções. Ou seja, essa técnica pode ser útil para garantir maior bem-estar.
Fisioterapia: o apoio de um profissional que consiga melhorar a coordenação motora do paciente também é indispensável. Assim, procure um fisioterapeuta ou até mesmo um educador físico capacitado para lidar com esse tipo de situação. Essa atitude pode tornar os movimentos dos pacientes mais ágeis e menos complexos.
Texto: Paula Santana
Consultoria: Célia Martins Cortez, neurocientista