Neuromodulação: você sabe o que é isso?

Já utilizada para ajudar a recuperar os movimentos de pessoas paraplégicas, a neuromodulação tem várias aplicações em tratamentos

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A neuromodulação consiste em uma técnica de auxílio e reparação de regiões e sistemas do corpo humano. Atualmente, utiliza recursos que envolvem tanto estimulação elétrica quanto aplicação de medicamentos, com propósito terapêutico, diretamente em estruturas do sistema nervoso. O método se divide em duas modalidades: as invasivas, quando é feito um implante de sistemas de estimulação, e as não-invasivas, quando a estimulação é feita sem a necessidade de cirurgia.

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O objetivo do tratamento é, por meio da intervenção médica, alterar a atividade elétrica cerebral, aumentando ou diminuindo a excitabilidade do sistema nervoso. “A finalidade da neuromodulação é restaurar e trazer para o mais próximo do normal os diversos sistemas biológicos presentes no nosso organismo”, afirma o neurocirurgião Eduardo Barreto. Dessa forma, padrões anormais de funcionamento podem ser corrigidos pela ativação ou fortalecimento de novas redes neurais.

Como surgiu a neuromodulação?

Em 2006, o americano Rob Summers, à época com 20 anos, havia acabado de conquistar o campeonato universitário de beisebol quando foi atropelado por um carro. O jogador acabou perdendo os movimentos do tórax para baixo, e os médicos lhe disseram que nunca mais voltaria a andar.

Ledo engano: cinco anos depois, com o uso de uma técnica revolucionária, Rob conseguiu se levantar e dar alguns passos sozinho, tornando-se a primeira pessoa paraplégica a realizar tal feito. A façanha só foi possível graças ao implante de 16 eletrodos nas costas do paciente.

O método empregado, a neuromodulação — que surpreendeu toda a comunidade médica — caracteriza-se pelo envio de estímulos elétricos à medula espinhal, que, por estar danificada, “bloqueava” os sinais enviados pelo cérebro. Com os impulsos artificiais, o jovem conseguiu recuperar, além da atividade das pernas, a função sexual e o controle da bexiga. Os resultados se repetiram em outros pacientes com lesão medular e que tinham perdido os movimentos há pelo menos dois anos da intervenção.

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Texto e entrevista: Augusto Biason/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador

Consultoria: Eduardo Barreto, neurocirurgião e primeiro presidente do Capítulo Brasileiro da Sociedade Brasileira de Neuromodulação

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