Impacto da asma nas crianças pode afetar o desempenho escolar

Especialista aponta que a doença pode causar irritabilidade e, como consequência, ausência na escola. Confira, então, dicas de como amenizar o impacto da asma nas crianças e os principais cuidados com os pequenos!

- A prevalência média mundial da asma é estimada em 11,6% entre os seis e sete anos de idade e, no Brasil, essa taxa aumenta para 20%. FOTO: Getty Images

A asma faz parte do conjunto de doenças respiratórias, sendo caracterizada pela condição crônica e inflamatória de causa alérgica. Muito comum durante a infância, o impacto da asma nas crianças pode causar até 30% das limitações das atividades diárias. Porém, há como ter uma boa qualidade de vida se fizer o tratamento adequado. Por isso, a atenção dos pais e dos professores, junto ao acompanhamento médico, são fundamentais para manter a doença sob controle.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, aproximadamente, 13 milhões de crianças com idade inferior aos cinco anos morrem por doenças do aparelho respiratório todos os anos ao redor do mundo


Diagnóstico

Impacto da asma nas crianças

Às vezes, os pequenos se acostumam com os sintomas e os pais tendem a ignorar, hesitando em levá-los ao médico. FOTO: Shutterstock.com

A tendência é que de 30% a 80% das crianças apresentem os primeiros sintomas até o terceiro ano de vida. Contudo, nessa fase, é difícil estabelecer um diagnóstico preciso da doença. Assim, os pais precisam ficar atentos aos primeiros sinais de dificuldade para respirar e, ao identificá-los, devem procurar um especialista.

“Muitas pessoas não prestam atenção às queixas dos filhos e demoram para procurar ajuda médica. Com o tratamento contínuo e correto da doença, a criança tende a não apresentar mais crises de asma e consegue fazer todas as atividades que os colegas que não têm a doença realizam na escola”, explica o pneumologista pediátrico Paulo Pitrez.

Sintomas

Impacto da asma nas crianças

Um dos sintomas mais evidentes do impacto da asma nas crianças é a falta de ar. FOTO: Getty Images

Ao contrário da gripe e dos resfriados, a asma é de origem genética e acompanhará a pessoa durante toda a vida. De acordo com o especialista, os principais sinais são chiado no peito, tosse e falta de ar, podendo provocar sérios impactos sobre a vida da criança, como sintomas noturnos, cansaço, limitação para exercícios e faltas na escola. Se não for controlada, os pequenos também podem apresentar alterações no seu comportamento, ficando facilmente irritados, cansados e desatentos, o que prejudica o desempenho escolar.

“Nesses casos, se a asma não for tratada, pode ocorrer mais crises da doença. Esses episódios de piora súbita são estressantes para os filhos e seus pais, e aumentam a necessidade de atendimentos emergenciais para conter a crise, podendo até levar a hospitalizações. Consequentemente, a criança é afastada de sua rotina e sua qualidade de vida é reduzida”, comenta Paulo.

Tratamentos

Impacto da asma nas crianças

Crianças asmáticas são mais propensas a pegarem gripes e resfriados. Por isso, a vacinação é de extrema importância! FOTO: Getty Images

Com o diagnóstico preciso, a asma deve ser tratada com medicamentos indicados pelo especialista. Dessa forma, os sintomas podem ser controlados – o que confere uma melhor qualidade de vida e bem-estar. “Além disso, o aleitamento materno é essencial para redução de infecções respiratórias nos primeiros três anos de vida, ajudando a fortalecer a imunidade dos bebês”, pontua o médico. A asma também piora quando aumenta a exposição do paciente a substâncias no qual é alérgico, como poeira e ácaro. Para amenizar os sintomas dos pequenos, aqui vão algumas dicas de cuidados:

  • Seguir rigorosamente o tratamento medicamentoso indicado pelo médico;
  • Evitar carpetes, tapetes e bichos de pelúcia no quarto das crianças;
  • Manter a casa e a escola limpas e arejadas, reduzindo a poeira, ácaros e fungos;
  • Não fumar perto das crianças;
  • Vacinar a criança anualmente contra gripe.

 

 

Texto: Rebecca Crepaldi/Colaboradora | Consultoria: Paulo Pitrez, pneumologista pediátrico, coordenador institucional de pesquisa do Hospital Moinhos de Vento e membro dos comitês de Pneumologia Pediátrica das SBP e SPRS

 

 

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