A depressão nos idosos costuma estar acompanhada de outros problemas físicos, o que, em muitos casos, acaba mascarando a doença. Além disso, muitos familiares tendem a encarar como um fato normal nesta faixa etária, o que não é uma verdade. “Limitações físicas, dificuldade de elaborar novos projetos de vida, falta de atividades que preencham o tempo disponível com a vinda da aposentadoria são alguns dos fatores que podem ocasionar a depressão na terceira idade”, conta a psicóloga Olga Tessari.
A morte de parentes e de amigos, e as perdas em geral levam os idosos a constatarem que sua morte pode estar próxima. Aqueles que se deixam abater com essa constatação, sem criarem novas perspectivas de vida, podem desenvolver o transtorno, ao contrário daqueles que buscam aproveitar ao máximo o tempo que lhes resta.
Os idosos podem evitar a depressão com atividades físicas e quaisquer outras que tragam prazer, satisfação pessoal e bem-estar. “Participar de grupos da terceira idade é fundamental porque o idoso encontra seus pares, gente parecida com ele, com valores, usos e costumes semelhantes. Quando encontra pessoas semelhantes, ele se sente muito bem: estar bem é um antídoto contra a depressão”, diz.
Importante!
Ao identificar os sintomas do distúrbio, o melhor a fazer é levar a pessoa ao médico e ao psicólogo o mais rápido possível. Assim, o diagnóstico correto será feito e o tratamento será iniciado. “Vale salientar que a medicação por si só não resolve o problema porque é a maneira de pensar e de agir diante dos fatos da vida que provoca a depressão. Perdas, desilusões, sofrimentos mal resolvidos podem provocar impaciência, ansiedade, desânimo e desinteresse, levando à diminuição da autoestima e criando a sensação de que não vale a pena fazer nada – maior sintoma da depressão!”, diz a psicóloga Olga Tessari.
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Consultoria: Olga Tessari, psicóloga e autora dos livros Dirija sua vida sem medo e Amor x Dor.
Texto e entrevista: Amanda Araújo – Edição: Augusto Biason/Colaborador