Halitose: falta de higiene bucal é a maior causadora do problema

Você sabia que o mau hálito pode ser causado por diversos motivos? Porém, cerca de 90% dos casos de halitose têm como culpada a má higiene bucal

- O mau hálito pode ter várias causas. A mais comum é a falta de higiene bucal. FOTO: Shutterstock.com

Quem nunca ficou sem graça ao conversar com uma pessoa e sentir que da boca dela vinha um cheiro desagradável? E não há como negar que você mesmo, algum dia, tenha sido vítima do hálito ruim. “Embora não seja uma doença, o problema pode causar grave discriminação, que acaba isolando ou fazendo com que o indivíduo se retraia do convívio social, chegando a prejudicar até sua vida profissional”, alerta o otorrinolaringologista Sérgio Salomão Abdala Caruí, especialista no assunto. Mais do que uma questão específica, prevenir e tratar a halitose requer cuidados com todo o organismo. Confira!

De onde vem o cheiro?

É comum que seja atribuída ao estômago a responsabilidade pelo odor na boca, mas acredite: o órgão é inocente, segundo a Associação Brasileira de Halitose (nome clínico dado ao mau hálito). As raras exceções acontecem quando o indivíduo sofre de diverticulose esofágica, arrotos ou refluxo gastro-esofágico. Ainda assim, nesses casos, o hálito desagradável é momentâneo e produz um odor diferente: enquanto a halitose crônica exala cheiro de enxofre, a provocada por problemas gástricos tem odor ácido. Entre os fatores que podem interferir no frescor do hálito estão higiene oral, variações fisiológicas e adaptativas do indivíduo, hora do dia, uso de próteses dentárias removíveis e doenças psiquiátricas.

“Existem mais de 60 causas para o problema, mas a maioria dos casos estão relacionados a problemas bucais”, Maurício Duarte da Conceição, dentista

Níveis da halitose

O maior problema da halitose é que quem sofre com ela não consegue perceber, já que o olfato se adapta rapidamente a cheiros constantes. Um teste simples para avaliar o hálito, sugerido pelo especialista Sérgio Salomão, é passar a língua no punho e aguardar 30 segundos. Depois, confira se há algum odor desagradável. Um segundo teste pode ser feito com a ajuda de alguém de confiança. A uma distância de 30cm do rosto dessa pessoa, solte um jato de ar pela boca, que deverá ser avaliado com nota de 0 a 5, sendo que os valores correspondem a:

  • 0: ausência de odor;
  • 1: odor natural, que não se caracteriza como mau hálito;
  • 2: mau hálito leve, percebido no sopro;
  • 3: hálito ruim percebido na fala;
  • 4: odor percebido a cerca de um metro de distância;
  • 5: mau hálito sentido no ambiente e que repele as pessoas.

De bem com a boca

Uma boa higiene bucal, com escovação completa, incluindo a língua, pode ajudar contra a halitose. FOTO: Shutterstock.com

Para resolver a questão, diversas especialidades odontológicas podem ser consultadas, além de profissionais de áreas como: psicologia, otorrinolaringologia, distúrbios do sono, gastroenterologia, nutrição e endocrinologia. As causas podem se associar, exigindo medidas globais para cada caso. O tratamento começa com um exame bucal completo, que busca identificar as possíveis causas do problema. O diagnóstico determina os próximos passos, que podem ir do uso de produtos adequados a algumas visitas ao dentista.

 

Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Maurício Duarte da Conceição, dentista; Sérgio Salomão Abdala Caruí, otorrinolaringologista

 

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