Preocupações com o trabalho, com a família, problemas financeiros e muitos outros exemplos podem ser citados quando o assunto é a estabilidade ou instabilidade emocional. Nem sempre conseguimos expor esse grande turbilhão de sentimentos negativos, com os quais somos obrigados a conviver diariamente. E é nesse momento que se iniciam as doenças emocionais, males que afetam o lado interior e exterior do ser humano, podendo causar danos tanto físicos quanto psicológicos.
Somatização
Você está com medo de ser demitido do serviço, as coisas não andam muito bem em casa ou, então, tem muitas contas atrasadas para pagar? Quando a pessoa está sobrecarregada de problemas e tem seu lado emocional abalado, pode sentir no corpo as consequências. É o que os especialistas em saúde costumam chamar de somatização. Segundo explica a psicóloga Rosana Machado, o indivíduo tem vários sintomas, indicando alguma doença, mas quando vai ao médico, nada é detectado.
“A somatização acontece quando há a manifestação de sintomas físicos que a medicina não consegue explicar a origem e nem constitui um quadro clínico específico. Esses sintomas podem ter sua origem nos pensamentos disfuncionais e emoções fortes que desequilibram a pessoa. Por exemplo, uma pessoa após anos de prática na direção de seu automóvel começa a ter taquicardia, sudorese e dificuldade para respirar. Ao ser examinada por um médico, não existe nenhum aspecto físico que justifique essa experiência. Esse quadro pode estar relacionado à crença ou a questões emocionais que dificultam a pessoa a estar em equilíbrio mesmo considerando a experiência”, salienta.
Doenças Psicossomáticas
Ao contrário da somatização, as doenças psicossomáticas podem ser detectadas por exames de laboratório, ou seja, é um problema físico desencadeado pela mente, conforme explica a psicóloga e terapeuta Karina Rodrigues. “A doença psicossomática já é diferente. Existe uma causa física para que os sintomas estejam acontecendo, porém, essa doença física tem origem na mente. As mais comuns são asma, gastrite, herpes, vitiligo, dermatite, entre outras. A gastrite, por exemplo, ocorre pelo estresse, que gera uma descarga de adrenalina que, por sua vez, dispara o sistema nervoso simpático e gera ácido gástrico no estômago, que acaba ficando muito ácido”, exemplifica.
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Texto: Da redação Consultorias: Rosana Machado, psicóloga; Karina Rodrigues, psicóloga e terapeuta