Abrir mão é necessário, não dá pra ganhar sempre. Essa é uma das regras para que possamos conviver diariamente., com os outros e com nós mesmos. Desencanar é a melhor forma de superar os erros e entender que não há mais nada a ser feito, a não ser aproveitar para aprender com aquilo que não deu certo para que a mesma falha não volte a ocorrer.
Jogo da vida
Não aceitar que, em alguns momentos, é impossível obter sucesso ou realizar algo da forma exata como gostaríamos é ruim. Não só para nós mesmos, como também para quem está a nossa volta. A resistência em entender que os erros fazem parte da vida pode nos tornar pessoas desagradáveis e inseguras. “A culpa e o perfeccionismo, quando excessivos, são maneiras disfuncionais que utilizamos para lidar com a ansiedade. Ambos estão relacionados a formas de lidar com a incerteza gerada pela complexidade de decisões e desfechos dessas decisões”, observa André Luiz Moreno, psicólogo especialista em terapia cognitivo-comportamental.
“Por que não fiz desse jeito?”
E também não adianta julgar e olhar para o passado com os olhos de hoje. É muito comum ficarmos remoendo aquilo que passou nos questionando sobre o motivo de termos feito de um jeito sendo que do outro teria dado certo sem, contudo, reconhecer que no instante do erro, alguns fatores podem passar despercebidos, e que no calor do momento, muitas vezes não medimos as consequências das ações. “No presente, temos consciência dos desfechos resultantes de nossos comportamentos. Porém, no passado, quando tomamos a decisão, não teríamos como saber de todas as consequências das possíveis decisões, devido à complexidade do ambiente”, conclui o psicólogo.
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Texto: Érika Alfaro Edição: João Paulo Fernandes Consultoria: André Luiz Moreno, psicólogo especialista em terapia ccognitivo-comportamental