Gravidez psicológica: saiba como identificar, as causas e tratamento

Saiba como identificar a gravidez psicológica, entenda como funciona o tratamento e veja quais são os sintomas mais comuns

- Foto: Shutterstock

A gravidez psicológica, também conhecida como pseudogestação, é um tipo de transtorno emotivo que simula uma gravidez real. “A gravidez pode acontecer do ponto de vista psicológico quando a mulher teme engravidar ou apresenta um forte desejo de ter um filho. Ela apresenta os mesmos sintomas de uma gravidez comum”, revela a psicoterapeuta Danielle Rossini, da Clínica Genics Medicina e Genômica. Muitas mulheres se perguntam: “estou com gravidez psicológica?” quando percebem que algo não está certo em seu corpo e mente. Entenda mais sobre a gravidez psicológica e quais são seus sintomas e possibilidades de tratamento.

Principais sintomas da gravidez psicológica

A gravidez psicológica se caracteriza pelo aumento do volume do abdômen, ausência regular da menstruação, enjoo e dor nos seios. “A gravidez psicológica também altera o nível dos hormônios da mulher, exceto o HCG (gonadotrofina coriônica), hormônio exclusivo da gravidez que é produzido por células dos líquidos maternos. Este pode ser detectado pelo teste de urina ou de sangue”, explica Danielle.

Como tratar?

De acordo com a psicoterapeuta Adriana Dorgan, é preciso ter muita delicadeza e cuidado ao lidar com uma mulher que apresenta gravidez psicológica: “Deve-se ter cautela e a paciente deverá ser acolhida com carinho e amor em psicoterapia para posteriormente avaliar quais foram os fatores que desencadearam a gravidez psicológica”.  Para a especialista, a solução para esse problema varia dependendo da gravidade do caso: “É necessário que o médico acompanhe e faça os encaminhamentos para psiquiatras e psicólogos. Dependendo do quadro de cada caso, o tratamento é baseado na dosagem de hormônios e medicamentos sintomáticos”, conta.

Ela ainda aponta quais tipos de mulheres estão mais propícias a desenvolverem a falsa gravidez: “Pesquisas apontam maior incidência em mulheres casadas com conflitos conjugais, mas pode-se acometer em qualquer faixa etária”.

Ajuda da família

Os familiares têm um papel muito importante para a recuperação da mulher: “A família deverá dar apoio e conforto para posteriormente encaminhar para uma avaliação e acompanhamento psicológico. Se a mulher tiver um parceiro, encaminhar o casal para um atendimento psicoterápico também pode ser benéfico”, explica a psicoterapeuta.

Pode acontecer novamente?

Para Danielle, não há nada que impeça que a mulher sofra desse transtorno mais de uma vez: “Não há nada que impeça a reincidência, mas o tratamento psicológico pode diminuir a incidência. Para alguns grupos de mulheres, dependendo de fatores associados, como, por exemplo, a psicose, é possível que haja mais chances de reincidência”. No entanto, a terapia ainda pode ser uma boa saída para que o transtorno não volte: “Após tratamento médico associado à psicoterapia, as chances diminuem muito, havendo bom prognóstico especialmente nos casos em que há apoio e envolvimento familiar”, conclui a psicoterapeuta.

 

Consultoria: Adriana Dorgan e Danielle Rossini, psicoterapeutas da Clínica Genics Medicina e Genômica

 

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