Você já ouviu falar em glicemia? Embora algumas pessoas saibam o que esse termo significa, outras ainda precisam de mais informações sobre o assunto. De uma maneira bem simples, é possível dizer que a glicemia nada mais é do que a quantidade de glicose encontrada no sangue. Mas, afinal, o que é essa tal de glicose?
Conhecendo os termos
A glicose pode ser descrita como uma das principais fontes de energia para as células que fazem parte do corpo humano. Para ser obtida, é preciso consumir alimentos ricos em carboidratos, como açúcar, algumas frutas, massas, arroz, cereais, batata e mandioca.
A partir daí, o sangue se encarrega de transportar a glicose para todas as células – com o objetivo de facilitar esse processo, o organismo produz uma substância chamada de insulina. O grande problema surge quando o índice glicêmico fica fora de controle, trazendo riscos à saúde. “Quando a insulina produzida não é suficiente para que a glicose seja aproveitada pelas células, há excesso de glicose no sangue ou hiperglicemia”, conta a nutricionista clínica funcional e esportiva Robena Molinari.
Como controlar a glicemia?
Existe um teste rápido e sem complicações que pode ser feito para detectar o índice glicêmico: a glicemia capilar. Para realizá-lo, o paciente precisa furar o dedo e coletar uma gota de sangue, que será analisada na mesma hora por um aparelho medidor dessa substância. O médico irá dizer quais são os valores considerados saudáveis, variando de pessoa para pessoa. Assim, é possível prevenir o surgimento de doenças como hipo ou hiperglicemia.
Além disso, vale lembrar que esse teste pode ser realizado a qualquer hora do dia, sendo que o número de vezes e os horários em que o procedimento deve ser feito precisam ser combinados com o médico. Contudo, os horários mais indicados são:
- Pela manhã, em jejum
- Antes das principais refeições do dia
- Um pouco antes de dormir
- Duas horas após as refeições principais.
Fatores de risco
Existem diversas causas que podem influenciar no nível glicêmico, afetando diretamente a saúde. A seguir, você pode observar alguns desses fatores:
Alimentação: “Hábitos alimentares saudáveis controlam as taxas glicêmicas, evitam picos de insulina e melhoram a qualidade de vida da pessoa”, explica a nutricionista Flávia Ramos. Exatamente por isso é fundamental conhecer bem os alimentos ingeridos e controlar a ingestão de doces em geral e de carboidratos.
Exercícios físicos: eles são imprescindíveis para conquistar saúde, uma vez que afastam o risco de diversas doenças. Por exemplo, exercitar-se com frequência pode ajudar na melhora da ação da insulina. Entretanto, é preciso atenção, uma vez que o organismo passa a usar mais glicose do que utilizaria se estivesse em repouso, o que, em alguns casos, pode levar a uma crise de hipoglicemia (quando a glicemia cai demais).
Estresse: além de influenciar na alimentação, sentimentos como o nervosismo e a ansiedade também liberam hormônios no organismo, os quais são capazes de modificar o nível glicêmico, podendo, inclusive, causar uma crise de hiperglicemia.
Doenças: todas as vezes em que uma pessoa apresenta problemas de saúde, o corpo tenta reagir e lutar contra a doença. Nesses casos, é fundamental aumentar a vigilância em relação às taxas glicêmicas (por meio do teste capilar), pois podem haver alterações.
Consultoria: Flávia Ramos, nutricionista; Lenita Zajdenverg, endocrinologista; Robena Molinari, nutricionista clínica funcional e esportiva | Texto: Larissa Tomazini
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