Elogiar os filhos faz bem? Especialista explica qual a medida certa

Elogiar os filhos faz bem, porém o excesso ou a falta da prática pode criar crianças com problemas de autoestima, como prepotência

- Elogiar os filhos faz bem? Especialista explica. FOTO: iStock.com/Getty Images

Receber um elogio sempre foi considerado algo favorável à autoestima. Mas oferecê-lo pode ser prejudicial quando em excesso ou quando tem caráter apenas de iludir. Logo quando pequenas, as crianças precisam desses galanteios como recompensa do trabalho exaustivo em que se encontram: o processo de aprendizagem. Uma especialista esclarece para você se elogiar os filhos faz bem ou não.

Sempre a verdade

“Todo elogio é útil, desde que seja autêntico e verdadeiro, pois a criança percebe quando não é”, explica a psicopedagoga Quezia Bombonatto, presidente da ABPp*. Essa atitude é importante para a formação dos pequenos, pois faz com que eles acreditem naquilo, dando-lhes confiança para continuar o percurso didático. Quando a criança realiza alguma atividade, a primeira reação dos pais é elogiar sua inteligência, mas é mais importante ressaltar o esforço e a dedicação que ela empenhou do que o resultado.

O elogio fora do tom transforma as crianças em adultos com problemas de autoestima. FOTO: Shutterstock

O elogio fora do tom transforma as crianças em adultos com problemas de autoestima. FOTO: Shutterstock

Na medida

“A autoestima é boa, mas não se pode criar um indivíduo prepotente”, alerta a especialista. Conversar é a melhor maneira de guiar, sutilmente, os passos da criança, especialmente se ela demonstra alguma prepotência. Aí, é hora de tentar readequar esse comportamento de elogiar, procurando o equilíbrio. Elogiar os filhos faz bem, mas vale ressaltar que enaltecer apenas os atributos físicos não é a melhor opção, tanto para as meninas quanto para os meninos. “Como trabalhamos com a autoestima da criança, temos que valorizar seus aspectos afetivos e sociais. Ensiná-la a valorizar o que ela tem de bonito e de bom, mas com equilíbrio”, orienta Quezia.

Como corrigir as crianças

  • Seja coerente: não dê uma punição severa para um erro bobo.
  • Objetividade e clareza: não espere que seu filho de 2 anos compreenda com profundidade quando você “filosofa”. Use uma linguagem clara e objetiva.
  • Não dê castigos extremos: “Vai ficar sem tevê/videogame durante 1 mês”, não é o melhor a dizer, pois o castigo perde o seu valor, explica a terapeuta infantil Denise Dias.
  • Justifique: nunca esqueça de dizer ao filho o motivo pelo qual ele está recebendo um castigo.
  • Sua postura: fique um pouco “de mal” dele, pois assim perceberá melhor que o que fez não foi bacana.

 

Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Denise Dias, terapeuta infantil; Quezia Bombonatto, psicopedagoga clínica e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Site: www.abpp.com.br

 

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