O corpo reage de diversas formas a substâncias estranhas no organismo, em especial, as alergias. No caso dos bebês, é preciso cuidado dobrado para entender as causas e como agir com relação a esse problema. A alergia alimentar pode ter sintomas como chiados no peito e obstrução nasal, comuns também nas alergias respiratórias. Conheça mais:
Quais os sintomas?
Geralmente, o problema se manifesta na forma de pele seca, urticária e eczemas. Em outros casos, diarreia e vômitos também são frequentes. “A boa notícia é que o índice de alergia alimentar nas crianças cai de 25% para 7% conforme elas vão crescendo”, informa Pastorino. “Depois de 4 a 5 anos isoladas do alimento e dos seus derivados, é comum haver um aumento da capacidade do intestino de aceitar o ingrediente”, explica.
Saiba diferenciar
É considerada alergia alimentar aquela em que o agente que desencadeia a reação é uma proteína. “O que provoca alergia não é propriamente o ovo, mas a albumina, sua proteína”, explica o médico. “Por isso, não podemos dizer que um corante provoca alergia, por exemplo,” completa. Outra troca de conceitos é afirmar que a intolerância à lactose é uma espécie de alergia. Ao contrário da alergia, a intolerância à lactose acontece quando perdemos as enzimas que digerem o leite. Por isso, um dos seus grandes sintomas é a diarreia. “A intolerância a algum alimento vai depender de outros fatores, como a quantidade que consumimos dele”, completa.
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Prevenção à mesa
Até os 6 meses de vida é indicado que o bebê apenas consuma o leite materno, que ajudará a turbinar seu corpo com anticorpos. Após esse período, a mamãe pode começar a complementar a alimentação do pequeno com sucos, seguidos das papinhas com frutas (depois de mais um mês) e das papinhas salgadas (após outras duas semanas). Para identificar se o pequeno possui alergia a algum tipo de alimento, siga um esquema rigoroso na hora de apresentar cada alimento. Prepare cada suco ou papinha com um único ingrediente. Ofereça apenas esse alimento durante três dias, ficando de olho em possíveis sintomas na pele, respiração e no intestino do bebê.
Consultoria: Antônio Carlos Pastorino, Assistente Doutor da Unidade de Alergia e Imunologia do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP, São Paulo (SP). Revisão: Michelle Albuquerque