A enormidade de eventos esportivos e todo o apelo emocional que possuem – uma vez que, para muitos, trata-se de uma paixão – fazem dos esportistas indivíduos valorizados e estudados, alvos constantes de análises. Afinal, o que faz de nomes como Michael Jordan, LeBron James, Lionel Messi e Marta verdadeiros fenômenos, atletas de destaque? O cérebro deles funciona de forma diferente? Os cientistas estão, cada vez mais, procurando respostas para essas perguntas.
Cérebro diferenciado?
Será que eles possuem um cérebro diferente ou uma estrutura particular que explica tamanha discrepância dos demais seres humanos e até dos próprios colegas de profissão que não possuem o mesmo desempenho? De acordo com Wallace Lima, físico e professor especialista em saúde quântica, essa questão de lugar específico da genialidade “caiu por terra” desde a década de 1960, quando analisaram o cérebro de Albert Einstein.
Naquela época, acreditava-se que havia uma área responsável pelo seu raciocínio privilegiado. “No entanto, hoje está claro que o cérebro é um grande conjunto articulado e a genialidade acontece por sua função global”, ressalta o profissional.
Apesar de não existir esse local singular, é fato que os esportistas de ponta possuem habilidades que os diferenciam: raciocínio distinto, maior coordenação motora e uma memória acima da média.
“Pesquisas mostram que jogadores de futebol têm ótima memória, principalmente visual. Suas mentes armazenam uma série de jogadas que geram decisões rápidas em meio a situações complexas e cheias de variáveis. Alguns dados indicam, inclusive, que a memória deles é duas vezes maior do que a do ser humano comum. A região do hipocampo também é bastante desenvolvida, mesmo caso do córtex frontal, espécie de diretor de planejamento associado à criatividade”, explica Wallace.
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Texto e entrevista: Érika Alfaro – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Wallace Lima, físico e professor especialista em saúde quântica