Você sofre com labirintite? Entenda melhor as causa desse problema tão incômodo

A labirintite nada mais é do que o o processo inflamatório do labirinto, que pode gerar sintomas muito desagradáveis. Entenda mais sobre o assunto!

- A labirintite atinge homens e mulheres, sendo mais comum em pessoas acima dos 40 anos. Foto: Shutterstock

Imagine uma vertigem muito forte, o mundo parecendo girar rapidamente, zumbidos no ouvido e perda auditiva… Essa é a descrição clássica da labirintite, nome popular para explicar o processo inflamatório do labirinto: porção interna do ouvido que intervém na regulação do equilíbrio corporal. No Brasil, não existem estatísticas sobre a labirintopatia, termo correto da doença. Frequente em todo o mundo, atinge homens e mulheres, sendo mais comum em pessoas acima dos 40 anos, mas nada impede que se desenvolva antes disso. “A vertigem postural pode ocorrer em crianças e normalmente é um prólogo de enxaquecas na idade adulta”, ressalta o otorrinolaringologista Antonio Douglas Menon, do Hospital Sírio-Libanês.

Sintomas do problema

Normalmente associada à tontura, a labirintopatia é muito mais complexa. “Um caso clássico conta com uma tríade de sintomas: vertigem (tontura rotatória), perda auditiva e zumbido”, lista Antonio. Durante crises agudas, a pessoa também pode sentir náusea, vômito, mal-estar, sudorese, diarreia e até desmaiar.É importante ressaltar que a vertigem da labirintite é diferente do desequilíbrio, termo que serve para descrever, por exemplo, casos de indivíduos que parecem estar bêbados, com sensação de queda. A labirintopatia é autolimitada, ou seja, melhora de forma espontânea.

labirintite

A duração das crises de labirintite varia de acordo com o tipo da doença e pode ser de minutos, horas ou até dias. FOTO: Shutterstock

A duração das crises varia de acordo com o tipo da doença e pode ser de minutos, horas ou até dias, dependendo da intensidade da fase aguda. Já para a Doença de Ménière, as crises podem ser mensais, anuais ou sumirem por períodos de 2 ou 3 anos. Em geral, os 2 ou 3 primeiros dias da labirintite são os mais críticos, melhorando de forma gradual. Um dado interessante é que apenas entre 1% ou 2% dos pacientes que tiveram labirintite apresentaram recorrência da doença, normalmente no outro ouvido.

Quais são as causas da labirintite?

São diversas. Pode ocorrer após um traumatismo, por um tumor dentro do ouvido, por motivos vasculares (como derrame ou alteração da circulação do labirinto), metabólicos (caso de diabéticos, resultado de uma alteração do açúcar no sangue), por processos inflamatórios ou infecciosos (virais ou bacterianos), entre outras causas. “As vertigens posturais são as causas mais comuns da labirintite, seguidas da Doença de Ménière ou Síndrome de Ménière”, detalha o médico.

A vertigem postural é uma disfunção na cabeça que, quando virada, modifica os otolitos (grãozinhos que ficam no labirinto, dentro dos canais semicirculares), mudando-os de posição e desencadeando a tontura. Para detectar a labirintite, são feitos testes otoneurológicos, que avaliam a função auditiva e do equilíbrio. Outros exames pedidos são neurológicos, de sangue e imagem.

Dá para prevenir?

Somente algumas causas da doença podem ser prevenidas. Quem possui alterações posturais pode praticar exercícios e fazer fisioterapia para inibir os sintomas. Já para disfunções metabólicas como diabetes, quando tratadas, evitam a labirintite. O mesmo vale para hipertensão arterial ou alteração circulatória. “Sabendo a causa é possível prevenir”, orienta o otorrinolaringologista.

Consultoria Antonio Douglas Menon, otorrinolaringologista

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