O autismo tem uma causa definida pela ciência?

Mesmo com décadas de estudos sobre o autismo, a medicina ainda não consegue apontar uma única causa para o transtorno. Saiba mais!

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Apesar dos avanços da ciência, as causas concretas do autismo ainda são desconhecidas pela ciência. “Hoje, sabe-se que o transtorno é decorrente de uma associação entre alterações genéticas e predisposição ambiental. Não há uma causa única. Diferentes genes têm sido reconhecidos como mais possivelmente associados com a ocorrência do transtorno”, explica a neurologista Ana Carolina Coan.

A especialista destaca que uma questão importante é que com o maior número de pesquisas e estudos sobre o tema, vários mitos sobre a possível causa do autismo foram esclarecidos, como a associação de vacinas e a ocorrência de autismo.

causa autismo menino olhando janela

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A hipótese de que vacinas com ou sem metais pesados poderiam causar o transtorno surgiu em 1998, quando o pesquisador britânico Andrew Wakefield publicou um artigo fraudulento relacionando o autismo em 12 crianças à vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, bócio e rubéola).

Como não se sabe ao certo a causa, não há cura ainda para o autismo. Contudo, os estudos sobre terapias e tratamentos específicos para o transtorno, visando a qualidade de vida, vêm trazendo descobertas animadoras. “Vários grupos de pesquisa têm desenvolvido protocolos de tratamento, que podem ser individualizados de acordo com o sintoma do paciente, e que poderão direcionar melhor os esforços de tempo e uso de recursos financeiros visando uma melhora dos sintomas dos pacientes”, afirma a neurologista Ana Carolina Coan.

Incidência do autismo

As estatísticas apontam que há uma maior frequência de casos de autismo no sexo masculino – motivo pelo qual a cor azul foi escolhida para representar o transtorno. No entanto, ainda há poucos avanços científicos para confirmar este fato e sua possível causa.

Apesar disso, a diferença na manifestação entre os sexos não interfere na hora de diagnosticar, como explica a psicóloga Natália de Brito: “como chega-se aos resultados por meio de observação prévia e atenciosa da criança, o gênero não interfere em seu resultado, aplicação ou desenvolvimento”.

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Texto e entrevistas: Natália Negretti/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha/Colaborador

Consultorias: Ana Carolina Coan, neurologista do Departamento de Neurologia Infantil da Academia Brasileira de Neurologia (ABN); Natália Cesar de Brito, psicóloga e especialista em neuropsicologia e aprendizagem

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