A autocobrança é uma qualidade pessoal que pode agir muito favoravelmente ao crescimento dos recursos da mente. Porém, existe uma linha tênue entre se avaliar para melhorar e se autossabotar para desacreditar no próprio potencial. A relação entre esses extremos é tão próxima que muitos não compreendem a importância da reflexão pessoal, independentemente de quais sejam seus objetivos – iniciar uma dieta, começar atividades físicas ou mesmo usufruir mais tempo com a família.
Mas, para Mariana Vieira, psicoterapeuta e especialista em programação neurolinguística, se você quer ter um resultado diferente, então deve ter atitudes diferentes. “Se somente a sua autocobrança fosse fazer algo por você, com todo o tempo que você já se cobra, ela já teria feito, concorda? Para começar a ter atitudes diferentes, o primeiro passo é deixar de se cobrar desse jeito, pois isso só gera tensão e enrijece todo o seu corpo, além do próprio cérebro. Tenso, ele não vai produzir nada de bom”, explica a especialista.
Segundo passo: você precisa compreender o funcionamento da sua mente, para assim conseguir o que quer. E, nesse cenário, é preciso entender um sistema da nossa mente que é responsável pelo nosso foco. Para tanto, Mariana ensina um processo simples. “Pergunte-se: ‘Qual é o meu objetivo?’ (objetivo é aquilo que você quer, pode ser saúde, estética, dinheiro, trabalho, relacionamento, etc.). Depois, pergunte-se: ‘Quais são as dificuldades que enfrento ou posso enfrentar para alcançá-lo? Liste pelo menos três. E, nesse momento, reflita nos seguintes questionamentos: ‘Quando você pensa no seu objetivo, o que vem primeiro a sua mente? Onde está colocando o seu foco? No que deseja ou nas dificuldades?'”, explana a psicoterapeuta.
Possivelmente, a sua resposta é em uma das dificuldades. Mas, de nada adianta ficar alimentando a autocobrança, pois você não vai conseguir sair do lugar desse jeito. Agora, para mudar, Mariana cita outra técnica rápida e fácil – a palavra MAS. “Costumamos usar a palavra ‘MAS’ de maneira incorreta, pois ela serve como um ‘apagador’ mental, e tudo o que vem antes dela não será considerado pela sua mente. Ou seja, se eu disser, por exemplo, que o meu objetivo é fazer uma faculdade e penso ‘Eu quero fazer uma faculdade, MAS é cara’ ou ‘Eu quero fazer uma faculdade, MAS não tenho tempo’, a sua mente vai ressaltar apenas o que vem depois do ‘MAS'”, detalha a profissional.
Repita essas frases e perceba que até a sensação é ruim – isso ficará em destaque na programação mental. Agora pense na frase ao contrário. “É cara, MAS eu vou fazer a faculdade” ou “Eu não tenho tempo, MAS eu vou fazer a faculdade”. “Use sempre a regra, deixe a dificuldade na frente da frase explicando o que você deseja! E comece a programar melhor a sua mente. Acredite, essa pequena dica já pode produzir mudanças em vários aspectos à sua vida. Faça! O que tem a perder? Ao contrário, irá ganhar muito!”, finaliza Mariana.
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