Embora as causas do Alzheimer ainda sejam desconhecidas, algumas de suas características já estão muito bem definidas. Uma delas é o fato da patologia se manifestar, sobretudo, em idosos. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), é exatamente por isso que a doença passou a ser conhecida – de forma equivocada – como “caduquice”.
Apesar de indivíduos na terceira idade apresentarem – muitas vezes – dificuldades motoras ou esquecimentos, não significa, necessariamente, que possuam a doença – que corresponde a lesões cerebrais.
Dia 21 de setembro é considerado o Dia Mundial do Alzheimer. Segundo dados do Instituto Alzheimer Brasil, hoje já são mais de 1,3 milhão de pessoas atingidas pela doença no Brasil.
Veja no vídeo a seguir 5 dúvidas sobre a doença:
O Alzheimer se caracteriza pelas perdas das funções cognitivas, ou seja, falhas de memória, orientação no tempo e espaço, atenção e linguagem. De acordo com a ABRAz, apesar da causa da doença ainda não ter sido descoberta, sabe-se que, para seu desenvolvimento, ocorrem algumas lesões no cérebro.
As duas principais seriam a formação da placa senis (alterações extracelulares), que bloqueiam a comunicação entre as células devido ao depósito de uma proteína chamada beta-amiloide; e dos emaranhados neurofibrilares, que levam à degeneração dos neurônios.
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Sem cura, com tratamento
“O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa cerebral que afeta uma região específica do cérebro, o hipocampo, que tem importantes conexões com áreas responsáveis pela dinâmica da memória e das emoções”, complementa o neurocirurgião Eduardo Barreto.
Apesar de não haver cura para a doença, existem diversas formas de tratamento que – juntas ou não – são capazes de aliviar os sintomas e até retardar o desenvolvimento da doença. “Existe tratamento para a patologia. Trata-se de cuidados multidisciplinares que incluem desde medicamentos até fisioterapia”, afirma o neurocirurgião.
De acordo com a ABRAz, além dos medicamentos, medidas como estímulos cognitivos, sociais e físicos, organização do ambiente – que favorece a qualidade de vida ao paciente –, e tratamentos específicos para problemas individuais – como o acompanhamento de diversos profissionais, como fonoaudiólogos e fisioterapeutas – auxiliam no bem-estar do portador de Alzheimer.
Consultoria: Eduardo Barreto, neurocirurgião