Conhecer lugares diferentes, outras culturas, outras comidas e até outros idiomas e povos. A chegada das férias é uma oportunidade de ouro para viajar e entrar em contato direto com uma realidade vista apenas em livros, TV, cinema ou internet. Experiências diversas que vão desde às mais triviais compras e fotos até os jantares em restaurantes tradicionais de outros lugares entram embarcam de volta para se tornar assunto de conversas entre amigos, família e colegas de trabalho. Não restam dúvidas: depois de uma viagem marcante, ninguém jamais volta a ser como antes.
Essa riqueza de experiências deixa um legado interno em qualquer pessoa que jamais será esquecido. Distante de nossa própria realidade, temos ainda a oportunidade única de olharmos dentro de nós mesmos e enxergar nossa própria existência de uma maneira diferente. Afinal, já não estamos presos às nossas rotinas e às exigências das pessoas do convívio diário. Livres dessas amarras, temos a liberdade de pensar diferente, de confrontar novas realidades e estabelecer novos paradigmas. Basta estarmos abertos à experiência e darmos a oportunidade a nós mesmos de nos transformar.
“A viagem acelera o movimento de evolução. O contato com o diferente nos faz enxergar o nosso dia a dia sob um prisma diferente, o que nos leva ao aumento da consciência a respeito de nós mesmos e do mundo à nossa volta”, diz a educadora Laura Lobo. Ela conta que viajou sozinha desde muito cedo e sempre voltava com a energia renovada. O que era ótimo para ela, porém, se tornava uma causa de estranhamento em sua família. “A resistência dos meus pais às minhas novas ideias era muito grande, pois eu trazia comigo um olhar diferente, mais generoso, diferente do que eles estavam acostumados”, conta.
Laura usou toda a experiência acumulada ao longo de 30 anos na área da educação, juntamente com o aprendizado durante as viagens, para criar a Todos os Cantos, uma empresa que realiza programas de educação em movimento. Vale lembrar que os benefícios desse tipo de iniciativa não está totalmente relacionado ao destino da viagem.
Laura lembra que um fim de semana em qualquer lugar pode resultar em um enorme aprendizado, desde que a pessoa esteja aberta à experiência e disposta a se transformar, aceitando o convite à reflexão sobre si mesmo e sobre suas relações com os outros e sobre o planeta. “Em qualquer caminho a ser percorrido, é preciso estar centrado, vibrante na qualidade da presença e na escuta profunda do outro”, diz.
Além disso, é comum também que, poucos meses depois, a energia recarregada se esvaia na volta à rotina. “Quem viaja sozinho, com a família, com amigos ou mesmo a trabalho, deve sempre lembrar-se do que ocorreu no período fora de casa. Esse contato com a experiência funcionará como o motor da mudança, como combustível para que a chama não se apague”, diz Laura. “É a aproximação contínua com as novas ideias que fará com que elas não morram, fortalecendo o processo de transformação”, conclui.
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