Cerca de um terço das mulheres já sentiu ou irá sentir dores nas regiões íntimas, útero ou ovários. E, embora pouco conhecidas, as grandes causadoras desse incômodo são as varizes pélvicas. A doença é difícil de ser identificada, porém pode ser tratada e prevenida facilmente. O angiologista e cirurgião vascular Ricardo Brizzi dá mais detalhes sobre o assunto para você se cuidar.
O que são varizes pélvicas?
As varizes pélvicas se caracterizam pela dilatação das veias externas do útero e ovários. “Podem ser causadas pelo hormônio feminino estradiol e estão ligadas à fragilidade do sistema vascular”, afirma o especialista.
Sintomas
Dores na região pélvica, sensação de peso antes da menstruação, cólicas fortes, sangramento menstrual intenso e incômodos durante e após as relações sexuais. O problema também pode gerar consequências psicológicas, como depressão e perda de autoestima.
Grupo de risco
A doença, que é hereditária, acomete mais as mulheres acima dos 30 anos que já tiveram duas ou mais gestações, têm ovário policístico ou disfunções hormonais. Diagnóstico Além da observação dos sintomas, devem ser feitos exames laboratoriais. “Às vezes, não é fácil chegar a esse diagnóstico, porém ele pode ser feito por meio de ultrassonografia e ressonância magnética”, explica Brizzi.
Tratamento das varizes pélvicas
Para os casos mais simples, é com uso de medicamentos. Já nos mais sérios é necessária intervenção cirúrgica. O método mais comum é a embolização: desobstrução das varizes pélvicas por meio de cateter inserido na veia.
Prevenção
Combater sedentarismo e obesidade para, assim, melhorar a circulação sanguínea, além do cuidado com o uso excessivo de hormônios. “Se a mulher tem propensão às varizes e quer engravidar, deve se tratar antes da gestação”, também lembra o médico.
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Texto: Carolina Vieira