É comum as pessoas confundirem sintomas de resfriado com gripe. Os sinais da gripe H1N1 também são similares aos da gripe comum o que, muitas vezes, dificulta seu diagnóstico. Diante de surtos da doença em anos anteriores, ainda existem muitas dúvidas entre a população. Anelise Fonseca, epidemiologista do Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, responde às principais delas.
1.Quais são os sintomas da gripe H1N1?
“São os mesmos da gripe comum: tosse, espirro, febre alta e dores pelo corpo. É um subtipo do vírus influenza A descoberto mais recentemente. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína.”
2. Podemos dizer que a gripe H1N1 é mais perigoso?
“Estudos recentes, inclusive com orientações do CDC, que é o órgão de controle de doenças dos EUA, afirmam que o vírus não seria tão perigoso. Como é um subtipo descoberto mais recente, os testes rápidos para o diagnóstico demoram um pouco mais para dar o resultado.”
3. Qual o tratamento?
“Como toda virose, uma boa hidratação e controle dos sintomas, com uso de analgésicos e antipiréticos (antifebris) e alimentação leve. Há algumas medicações como oseltamivir e zanamivir, utilizados no tratamento de outras enfermidades, que têm-se mostrado eficazes se foram ministrados nas primeiras 48 horas que se seguem ao aparecimento dos sintomas.”
4. Crianças devem ser vacinadas contra o H1N1? E gestantes? Quais as contraindicações?
“Sim, a partir dos seis meses. Contudo, dependendo do fabricante da vacina, um dos tipos só pode ser dado para crianças maiores de três anos. É importante afirmar que crianças de seis meses a um ano têm que tomar duas doses com intervalo de um mês. Os idosos e as gestantes estão incluídos no grupo populacional que deve ser vacinado. As contraindicações são para pessoas com alergia comprovada ao ovo, os imunodeprimidos, como os pacientes portadores de câncer ou os que fazem uso crônico de determinados medicamentos, como corticosteroides. Importante esclarecer que até quem já teve a gripe pelo subtipo H1N1 do Influenza vírus precisa se vacinar. Isso porque os anticorpos contra a gripe duram, em média, 12 meses. Depois disso, o nível de proteção cai e é possível nova doença.”
5. A vacina não é garantia de que a pessoa não vá contrair a gripe, mas ela ameniza os sintomas ou a intensidade da doença?
“A forma mais eficaz de se prevenir do H1N1 é a vacina. Ainda que não tenha 100% de eficácia – ela varia de 60% a 90% – todas as pessoas devem ser vacinadas, essencialmente as dos grupos de risco.”
6. Quais são as medidas preventivas para evitar o contágio do vírus?
“Lavar as mãos, tampar a boca e o nariz ao tossir e ou espirrar, principalmente com lenço de papel descartável e imediatamente jogá-lo fora. Como toda virose, deve-se compreender que há um tempo de início e de fim e por tal, o controle de sintomas é essencial.”
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