“Segundo o dicionário, o ato de raciocinar é fazer uso da razão, formar um raciocínio, ponderar. Diante disso, podemos compreender o raciocínio como uma organização mental que se deduz ou induz, de uma ou mais premissas, um juízo”, explica Fernanda Fetzer, professora de matemática.
Fernanda lembra ainda que o raciocínio, sustentado nos estudos da filosofia, pode ser visto “como um ato pelo qual se chega a uma nova verdade, partindo de verdades já conhecidas”. A partir desses posicionamentos, segundo a professora, podemos concentrar o processo de raciocínio em 5 fases:
1. conhecimento prévio, aquele que é implícito;
2. o problema a ser resolvido;
3. as hipóteses dispostas para a solução deste problema
4. a solução em si;
5. como empregar esta solução em determinada realidade.
Os tipos de raciocínio
Silvia Nogueira de Souza e Laura Rigolo, professoras de matemática, indicam a existência do raciocínio indutivo e o raciocínio dedutivo. Elas explicam cada um dando exemplos:
1 • “No dedutivo, a conclusão é certeira. Por exemplo, todo paralelogramo possui dois pares de lados paralelos; o quadrado possui dois pares de lados paralelos. Logo, o quadrado é um paralelogramo”;
2 • No raciocínio indutivo, são usadas conclusões do passado para assumir uma conclusão futura. “Por exemplo: a soma dos ângulos internos de um polígono de 3 lados é 1×180, de 4 lados é 2×180, de 5 lados é 3×180. Dessa forma, para um polígono de n lados espera-se que a soma seja (n-2)x180”.
Além do indutivo e dedutivo, há outros tipos de raciocínio, como:
3 • silogístico: segue a lógica formal, baseada em duas premissas;
4 • inferencial: relacionando ou extraindo informações a partir de dados obtidos;
5 • divergente: usado para criar novas formas de representação, significados a aplicações;
6 • hipotético: capacidade de antecipar situações ou soluções;
7 • analógico: comparar características similares de coisas aparentemente distintas.
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Texto e entrevistas: Ricardo Piccinato – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultorias: Fernanda Fetzer, professora de Matemática no Colégio Sepam, em Ponta Grossa (PR); Silvia Nogueira de Souza e Laura Rigolo, professoras de matemática no colégio Degraus