Os miomas são tumores benignos (não cancerígenos) que aparecem com mais frequência no aparelho genital feminino , podendo estar presentes em 20% a 25% das mulheres em idade fértil. Eles são desenvolvidos a partir de uma única célula muscular lisa, contendo também tecido conjuntivo, que se desenvolvem na parede muscular do útero. Embora provoquem medo e apreensão em quem recebe o diagnóstico, não devem ser motivo de pânico, pois geralmente não evoluem para tumores malignos (câncer). Saiba quais são os sintomas do mioma uterino, quais as causas e como tratar a doença!
Previous Next Sem causa determinada, sabe-se que os tumores são alimentados por hormônios (especialmente o estrógeno), tendem a diminuir com a chegada da menopausa e respondem bem aos tratamentos - Foto: Shutterstock Os miomas podem surgir em várias partes do sistema reprodutor feminino, de tamanhos variados - Foto: iStock Em geral, são múltiplos, e as suas dimensões variam de poucos milímetros a grandes massas, provocando distorção da superfície ou da cavidade uterina - Foto: iStock “Há 3 tipos de miomas: os subserosos que se localizam na parte externa do útero e geralmente crescem para fora e não costuma afetar o fluxo menstrual. Outro tipo são os intramurais, aqueles que crescem no interior da parede uterina e se expandem, fazendo com que o útero possa aumentar seu tamanho. Os miomas submucosos são aqueles que se localizam dentro da cavidade uterina (local onde o bebê cresce durante a gestação) e podem provocar intensos e prolongados períodos menstruais", ensina a Dra. Kelly Alessandra da Silva Tavares, da capital paulista - Foto: Shutterstock Cólica e aumento do fluxo menstrual, dor genital durante ou após as relações sexuais, sensação de pressão na região pélvica, dores nas pernas e nas costas e prisão de ventre também podem indicar a presença de um mioma - Foto: Shutterstock Anemia, aborto e infertilidade ainda podem ser causados pelo problema. Apesar desses vários sinais, muitas mulheres não sofrem nenhum sintoma e acabam constatando o mioma em consultas ginecológicas de rotina ou exames de ultrassonografia - Foto: Shutterstock Soluções possíveis - A primeira medida a ser tomada quando se descobre um mioma é a supervisão médica, pois é por meio do acompanhamento regular que se definirá a necessidade de outros tratamentos. Para mulheres que se aproximam da menopausa, o uso de medicamentos que bloqueiam a produção de estrógeno é o mais recomendado, assim como para aquelas que farão a remoção cirúrgica do mioma – que fica mais fácil de se retirar quando diminuído - Foto: iStock "O tratamento varia muito de acordo com os sintomas e a época da vida reprodutiva (se a mulher deseja ou não ter filhos) e pode ser cirúrgico (retirada dos miomas e/ou do útero) ou conservador (com medicamentos que controlam o sangramento e preservando o útero e os miomas)", ratifica a Dra. Tavares - Foto: Shutterstock Dependendo da localização, o tumor pode ser removido por meio de laparoscopia vaginal. O tratamento clássico, porém, é a histerectomia. “O procedimento cirúrgico que retira o útero (e muitas vezes se estende também aos ovários e trompas) significa para muitas mulheres comprometer a identidade feminina e renunciar à maternidade”, diz o especialista em radiologia intervencionista Néstor Kisilevzky, do Hospital Israelita Albert Einstein - Foto: iStock Boa alternativa - Um procedimento moderno e muito simples garante rapidez e menos desconforto na retirada de miomas. “A embolização é uma técnica feita com anestesia local e requer uma minúscula incisão na virilha, tendo o objetivo de cortar o suprimento de sangue para o tumor, provocando a morte do mioma, sem prejuízos à saúde”, explica Néstor - Foto: iStock Em geral, as indicações são abrangentes e há poucas restrições para o procedimento. Contudo, depende de avaliação médica adequada, a fim de analisar a necessidade de cada paciente - Foto: Pexels Consultorias: Néstor Kisilevzky, especialista em radiologia intervencionista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) / Dra. Kelly Alessandra da Silva Tavares, médica ginecologista e obstetra
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