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Os remédios antidepressivos podem ser uma saída para quem precisa superar a depressão. Mas, afinal, como eles atuam no cérebro?
- FOTO: iStock.com/Getty Images

Conheça os remédios utilizados no tratamento da depressão

Os remédios antidepressivos podem ser uma saída para quem precisa superar a depressão. Mas, afinal, como eles atuam no cérebro?

Assim como a maioria das doenças, há casos de depressão em que certos remédios são indicados para um tratamento eficiente. Tais medicamentos, quando receitados e administrados por um profissional, atuam no sistema nervoso central, elevando os níveis de neurotransmissores e aumentando a excitação cerebral. Cabe ao psiquiatra definir quais fármacos são os mais indicados em cada situação, já que a intervenção médica deve ser individualizada, levando em consideração as condições clínicas de cada paciente.

Grande oferta

Atualmente, dezenas de classes de remédios antidepressivos são encontrados no mercado. Há uma grande variedade, pois cada grupo apresenta diferentes mecanismos de ação. “É como se eu tivesse vários tipos de ferramentas que pudessem se adaptar ao problema em questão”, explica o psiquiatra Rodrigo Pessanha.

O profissional completa destacando a importância dessa diversidade, já que, dessa forma, o tratamento torna-se mais individualizado. “São levados em consideração aspectos como a idade, o peso corporal, a existência de uma doença subjacente e a possível utilização de outros medicamentos de uso geral”, aponta.

Entre essas classes, as que se destacam são os antidepressivos tricíclicos, mais eficazes em casos de depressão crônica ou profunda; os IMAOs (inibidores da monoamina oxidase), usados para a depressão maior e de longa duração; e os SSRIs (inibidores seletivos da recaptação de serotonina, sigla em inglês), utilizados apenas em depressão moderada.

remédios depressão

FOTO: iStock.com/Getty Images

Riscos menores

Os SSRIs, introduzidos no mercado recentemente, se diferenciam pelo fato de intervirem no aumento do nível de serotonina, enquanto os mais antigos ficaram conhecidos pela atuação nos sistemas de noradrenalina. “Em função do risco que podem trazer ao paciente, mesmo que sejam muito eficientes em alguns casos, os primeiros antidepressivos foram gradativamente substituídos por medicamentos mais recentes, cujos riscos são muito menores”, relata Rodrigo. Graças a esse menor perigo — e à grande difusão que tiveram nas duas últimas décadas —, atualmente, os SSRIs são os antidepressivos mais receitados por médicos em diversos países.

Isso se deve, também, à diversidade de características encontradas nos medicamentos dessa classe. “A paroxetina, por exemplo, é bastante sedativa, enquanto a sertralina tem efeito estimulante. Isso vai ser vantajoso na escolha do remédio adequado, frente às características do paciente e do distúrbio depressivo que ele tem”, relata o psiquiatra.

Novos remédios

Diferentemente dos antidepressivos citados, há alguns anos começaram a surgir remédios de ação pós-sináptica, como o Vortioxetina, que, segundo o fabricante, possui eficácia “significativamente superior”. Além dele, outras substâncias — criadas para outros fins — vêm ganhando espaço no combate à depressão. “Temos uma série de outras opções de tratamento que não usam antidepressivos, como o carbonato de lítio, que é empregado como um complemento”, explica o psiquiatra Rodrigo Pessanha.

Outro exemplo disso é a utilização de hormônios tireoidianos, mesmo para pacientes que não apresentam hipotireoidismo. “Em alguns casos, também são usados estimulantes do sistema nervoso central, como o metilfenidato — conhecido aqui no Brasil como Ritalina — e, mais recentemente, vários estudos foram feitos a respeito do uso do anestésico cetamina”, aponta.

Essa substância, segundo as pesquisas, tem um efeito “surpreendentemente rápido” no alívio dos sintomas depressivos, além de apresentar relativa melhora em relação às ideias de suicídio, especificamente. A psiquiatra Maria Cristina de Stefano aponta que “os estabilizadores do humor e os medicamentos que controlam a ansiedade são utilizados em conjunto, além dos neurolépticos e dos anticonvulsivantes”.

 

 

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Consultorias: Maria Cristina de Stefano, psiquiatra; Rodrigo Pessanha, psiquiatra.

Texto: Augusto Biason/Colaborador – Entrevistas: Ricardo Piccinato

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