Os radicais livres viraram assunto da moda entre quem se preocupa com a saúde e a estética. São considerados moléculas prejudiciais ao organismo (quando em excess) e, para combatê-los, a recomendação é consumir alimentos e cosméticos com ação antioxidante. Mas qual é a verdadeira função dos antioxidantes? Como os radicais livres agem no organismo? E o que são essas substâncias? Especialistas em medicina ortomolecular tiram essas dúvidas e explicam como a alimentação pode influenciar na prevenção de doenças e retardar o envelhecimento.
Os vilões
“Os radicais livres são produzidos normalmente pelo nosso metabolismo. São subprodutos da atividade das células e da oxidação de gorduras”, explica a médica ortomolecular e nutróloga Tamara Mazaracki. Ou seja, o corpo libera radicais livres através do processo de respiração. “São moléculas altamente instáveis e quimicamente muito reativas. Danificam os componentes das células, inclusive o DNA, podendo trazer problemas de saúde que vão desde o enfraquecimento do sistema imunológico até doenças mais graves, como o câncer”, acrescenta o médico ortomolecular Antonio Fernandez.
O processo chamado de estresse oxidativo ocorre quando os radicais livres são produzidos em excesso e causam danos às células. Para que o organismo funcione corretamente, é necessário haver um equilíbrio entre as substâncias antioxidantes e os radicais livres. “O corpo humano possui inúmeras enzimas com ação antioxidante que dependem de um aporte nutricional correto (ou seja, precisam de matéria-prima para sua produção). Nutrição preventiva é a melhor forma de minimizar a ação destrutiva dos radicais livres”, explica Tamara.
Protetores da saúde
“Os antioxidantes podem agir bloqueando a formação dos radicais livres ou interagindo com eles, tornando-os inativos”, diz Antonio. Estão presentes principalmente em frutas, legumes, verduras e ervas, mas também podem ser encontrados em grãos e cereais integrais, ovos e até laticínios. São substâncias como a vitamina C e os polifenóis, que protegem as plantas contra o ataque de insetos, radiação ultravioleta e poluição. Quando são ingeridos, agem no organismo da mesma forma, protegendo as células contra elementos prejudiciais.
Texto Redação Alto Astral
Consultoria Antonio Fernandez, médico nutrólogo; Tamara Mazaracki, médica ortomolecular e nutróloga
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