Dificuldades ao escrever, pequenos tremores nas mãos e músculos mais rígidos são alguns dos sintomas iniciais de uma doença séria e que tem como principal fator de risco a idade avançada: o Parkinson. Caracterizada por tremores principalmente na região das mãos, o parkinson atinge funções motoras do organismo, comprometendo muitas vezes a fala, respiração e até mesmo as capacidades de locomoção, tendo um avanço progressivo.
Onde tudo começa
O cérebro, comandante absoluto do corpo humano, conta com um neurotransmissor chamado dopamina, que células especiais utilizam para comandar os movimentos corporais em uma área cerebral denominada substância negra. A causa do Parkinson está relacionada diretamente com essas células que, sem um motivo ainda comprovado cientificamente, são destruídas de maneira progressiva e lenta.
Desenvolvimento da doença
Com a evolução do processo degenerativo, estes movimentos tendem a ficar progressivamente mais travados e lentos, trazendo grande incapacidade para o indivíduo”, frisa o neurologista Daniel Campinho Schachter. O problema, que pode se iniciar aos 55 anos de idade, dependendo do caso, raramente é diagnosticado logo no início. Isto porque o próprio portador muitas vezes acaba não percebendo os sinais iniciais da doença, que são observados, em grande parte, pelas pessoas mais próximas do círculo familiar e social.
Quando o corpo avisa
Geralmente, os tremores aparecem quando o portador segura um objeto ou está estático, mas, assim que inicia algum tipo de movimento, ele cessa. Por conta disso, muitas vezes ele não se dá conta de que há algo errado com o organismo e continua levando seus dias normalmente. “Em termos leigos é possível descrever os sintomas do Parkinson em dois aspectos: a lentidão dos movimentos (em especial o caminhar e os movimentos repetitivos) e o tremor“.
O caminhar do portador de Parkinson é muito característico: o indivíduo caminha com os pés arrastando no chão, com os passos curtos (nunca o calcanhar do pé da frente ultrapassa a ponta do outro pé). Ele ainda tende a demorar para iniciar o caminhar e muitas vezes tem dificuldades para parar de pronto.
Texto: Paula Santana
Consultoria: Daniel Campinho Schachter, neurologista
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